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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A Decadência ROMANA - leia importante, sempre é bom acrescentar o nosso saber!


A Decadência Romana



Ao atingir o ponto máximo de sua expansão territorial, o Império Romano também alcançou o ponto culminante de suas contradições, que iriam acionar o processo de decadência. Por mais poderoso que fosse, o Estado não teve condições de manter a unidade política e administrativa de um imenso território, habitado por uma quantidade enorme de povos, divididos em diversas classes sociais.


São muitas as causas que podem ser apontadas para explicar a crise de decadência do Império Romano. Entre elas, destacamos as seguintes:


Crise econômica : Um dos elementos básicos da economia romana era a exploração da mão-de-obra escrava. Entretanto, a partir do século III a economia escravista entrou em decadência, devido à paralisação das guerras de conquistas, principal fonte de abastecimento dos escravos, e às restrições feitas pelo Cris¬tianismo à escravização. Por fim, o trabalho escravo começou a ser substituído pelo colonato, que consistia no arrendamento da terra a camponeses.


Crise social : No final do século IV, a desigualdade entre as classes sociais tornou-se ainda mais gritante. A riqueza dos que possuíam terras e ouro concentrava-se nas mãos de uma elite cada vez mais reduzida, que, alheia aos problemas da época, vivia num clima de festas, ostentação e desperdício. Enquanto isso, crescia o número de miseráveis entre a plebe, os comerciantes e os camponeses. Sendo impossível acomodar eternamente o explorado em sua miséria, o Estado romano deparou-se com tensões e rebeliões, tanto das massas internas como dos povos submetidos das províncias.


Para agravar ainda mais essa situação social e econômica, o Estado romano teve que enfrentar a pressão dos povos “bárbaros" invadindo suas fronteiras. Roma, por sua vez, já tinha incorporado muitos bárbaros germânicos a seu exército, na qualidade de mercenários. Assim, chegou um momento em que os romanos perceberam que os soldados encarregados de proteger Roma eram da mesma raça que outros homens por eles escravizados.


Com a morte de Teodósio, em 395 d.C., o vasto Império Romano foi dividido em duas grande partes: Império Romano do Ocidente, com sede em Milão, e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla (Bizâncio).


O objetivo dessa divisão administrativa era fortalecer cada uma das partes do imenso império, na esperança de se criar condições para enfrentar a ameaça das invasões bárbaras.


Atraídos pelas riquezas de Roma, os povos bárbaros exibiam uma ação militar demolidora, que era produto da coesão interna desses povos, do seu espírito guerreiro e da eficiência de suas armas metálicas. Assim, enquanto os bárbaros estavam unidos em torno de seus chefes, Roma mostrava-se corroída pela discórdia social e pela indisciplina no exército, comprometendo sua capacidade de defesa.


Afinal, não se poderia esperar que uma enorme multidão de miseráveis tivesse entusiasmo para lutar por Roma, o Estado que os explorava. Pensando na situação de injustiça, miséria e privações da grande maioria da população do Império Romano, fica mais fácil entender como cerca de meio milhão de bárbaros conseguiu desestabilizar um império que possuía sob sua órbita mais de 80 milhões de pessoas.


Em 476, o último imperador do Império Romano do Ocidente, Rômulo Augusto, foi deposto por Odoacro, rei dos hérulos. O Império Romano do Oriente ainda conseguiu sobreviver, embora com transformações, até 1453, ano em que os turcos conquistaram Constantinopla.


Cotrim, Gilberto - História Geral - da Antigüidade aos Tempos Atuais


2. O Cristianismo - Origens


Os primeiros cristãos foram homens simples que se reuniam em catacumbas para discutir e estudar idéias que contestavam a ordem política, econômica e social do Mundo Romano. Lentamente, o Cristianismo emergiu dessas catacumbas e passou a controlar a cultura na sociedade medieval. Por que isso aconteceu?






Primeiro, e antes de tudo, porque o cristianismo expressava os anseios de grande parte da população.






A expansão romana chegara ao seu ponto máximo: O Mediterrâneo tornou-se um "lago romano", o Mare Nostrum; Roma deixou de ser mera Cidade-Estado (Urbs) para se tornar um império. Politicamente, o regime republicano mostrou-se ina¬dequado para atender às necessidades de um império.






Novas forças sociais surgiram na sociedade romana, mas eram contidas em seu crescimento e expressão política pelos elementos senatoriais. O Senado, símbolo da República, foi então dura¬mente atacado. Em termos sociais, a crise agrária do século II a.C. levou à ruína os pequenos proprietários, reduzindo-os à plebe ociosa nas cidades; as péssimas condições de vida dos escravos acabaram por provocar uma série de rebeliões.






Frustradas as tentativas de reformas sociais, a crise prolongou-se pelo século I a.C., adquirindo feição política: golpes militares e guerras civis levaram a República a seu fim. O regime escravista sofria seus primeiros abalos.






Os citadinos pobres, os camponeses e os escravos, com as derrotas que sofreram nos movimentos revolucionários dos séculos II e I a.C., foram tomados de desespero e apatia, pois não tinham consciência clara da situação em que viviam. Este estado de ânimo generalizado explica por que as classes oprimidas foram as primeiras a serem atraídas pela nova religião: elas buscavam em uma vida futura a salvação que não viam como obter na Terra.






A religião greco-romana não respondia a esses anseios, mas Roma, naquele momento, tinha o domínio sobre vários povos, cujas crenças acabaram por conquistar grande parte da população: quando, estabelecido o Principado, Augusto tentou restabelecer o prestígio da antiga religião nacional romana, procedendo à construção de templos - como, por exemplo, o de Apolo e o de Júpiter -, seu esforço de nada adiantou, pois a maior parte da população já estava envolvida com cultos e práticas orientais.






Nesse contexto o Helenismo também teve presença marcante. Não podemos esquecer a grande importância, assumida na época de Augusto, de algumas correntes filosóficas e religiosas gregas, que, de certa maneira prepararam o caminho para o Cristianismo: o Estoicismo, que estabelecia um ideal de equilíbrio da alma, e com a idéia de subordinação do comportamento humano às leis da Natureza, acabou por construir uma Física panteísta, isto é, afirmou-se a imanência de Deus em relação ao Universo. Foram também importantes o Neopitagorismo, os Mistérios de Elêusis e o Orfismo com a crença na vida futura.






Muito embora o Cristianismo tenha realizado uma verdadeira "colcha de retalhos" dessas várias tendências ideológicas, não nos é difícil imaginar o quanto o Cristianismo primitivo teve de lutar por se fazer valer no quadro do Império Romano no apogeu do seu poder: apesar de as idéias cristãs irem de encontro aos anseios de grande parte da população, elas continuaram desconhecidas, ou melhor, desconsideradas pela cultura dominante. Somente quando o fenômeno cristão se fez sentir mais forte e visível, iniciou-se uma polêmica entre os representantes do novo espírito e os intelectuais pagãos. No entanto, tal polêmica não teria solução; não seria resolvida, mas ultrapassada...






A grande penetração de diversas ideologias no Império Romano espelhava a grave crise ideológica vivida pelos homens da época: a situação social, econômica e política era contraditória e conflituosa e se refletia ideologicamente.






Por que, então, o Cristianismo foi a ideologia emergente de maior aceitação?






Em um mundo conturbado, o Cristianismo forneceu uma saída: os homens precisavam apenas entregar-se à sabedoria Onipresente de um Deus salvador. O Cristianismo tranqüilizou os espíritos à medida que reduziu a Natureza e todo o conhecimento e ação humanos a uma ordenação divina. Por isso, acabou por conquistar outras classes sociais, até mesmo muitos elementos dos estratos mais elevados da população.






No Império decadente do século IV, a Igreja se apresentava como uma espécie de Estado dentro do Estado romano, uma forte organização que já possuía enormes riquezas recebidas por doações e contava entre seus membros vários funcionários, militares, proprietários de terras, comerciantes e artesãos.






O reconhecimento do Cristianismo por Constantino e Licício, através do Edito de Milão (313), e sua elevação a culto estatal por Teodósio (379-395) foram atos de sábia política. Reconhecer a Igreja significava encontrar uma nova base social, o que era extremamente importante para o Dominato, que pretendia criar um poder sólido.






O Cristianismo triunfante, não mais sentindo sua existência ameaçada, pôde, enfim, organizar o espaço conquistado. Identificando-se com o poder instituído, a Igreja tendeu a se hierarquizar nos moldes do Império: os mais altos chefes eram o Bispo de Roma e os Patriarcas (Constantinopla, Alexandria, Antióquia); abaixo estavam os Bispos, Presbíteros, etc. O Bispo de Roma reivindicava um poder de caráter universal, como sucessor de São Pedro: o título de Papa, no entanto, que apareceu no século VI, serviu para tal distinção, embora contestado pelos demais patriarcas.






Surgido na Palestina, região integrada ao Império Romano, o Cristianismo sincretizou o misticismo oriental, o messianismo hebraico, o Estoicismo helenístico e o universalismo romano. Suas origens encontram-se na doutrina de Jesus de Nazaré, carpinteiro da Galiléia, cujos ensinamentos estão contidos no Novo Testamento e apresentam como princípios fundamentais o monoteísmo, a crença na ressurreição dos mortos e o Julgamento Final; o amor ao próximo; a igualdade entre os homens; a promessa de recompensas futuras aos que cumprissem os mandamentos cristãos, enquanto os demais seriam condenados, além de outros preceitos ensinados pelos Apóstolos (discípulos).






Inspirado no Judaísmo, do qual era inicialmente uma seita, o Cristianismo acabou por se converter em nova religião, graças sobretudo às pregações apostólicas.






Do Oriente Helenístico, o Cristianismo foi levado à África Romana e à Itália, tendo, com os Apóstolos Pedro e Paulo, chegado à Roma, onde ambos foram supliciados durante o governo de Nero.






A religião, entretanto, continuou a expandir-se pelo Mundo Romano, embora de reduzida penetração nos campos.






Seja pela recusa de prestar o serviço militar e de se submeter ao culto ao Imperador, seja por praticarem uma religião não admitida pelo Estado, os cristãos foram perseguidos pelas autoridades romanas. O próprio fato de o Imperador Nero atribuir-lhes a culpa do incêndio de Roma, ao precisar de um bode expiatório para a devastação ocorrida na cidade, lançou sobre os cristãos o estigma de incendiários, o que, por muito tempo, contribuiu para a hostilidade contra indivíduos que, ainda por cima, se reuniam nas catacumbas.






Antes de seu triunfo final como religião do Estado, dez grandes perseguições foram realizadas ainda contra os cristãos, nos governos de Nero, Domiciano, Trajano, Marco Aurélio, Sétimo Severo, Décio, Aureliano, Valeriano e Diocleciano.


AQUINO, Rubim Santos Leão de - História das Sociedades - I volume


3. A Feudalização Européia


No processo de feudalização européia, fundiram-se elementos de origem romana e germânica. Entre esses elementos, podemos destacar os seguintes:


Elementos Romanos


O colonato: sistema de trabalho servil que se desenvolveu com a decadência do império. Escravos e plebeus empobrecidos passaram a trabalhar como colonos em terras de um grande senhor. O grande proprietário oferecia terra e proteção ao seu colono, recebendo, deste, um rendimento do seu trabalho. As cidades começavam a perder importância, enquanto, por outro lado, desenvolviam-se as vilas, que constituíam unidades econômicas do mundo rural, com uma produção agropastoril destinada ao autoconsumo.






Fragmentação do poder político: no final de período imperial, a administração romana já não tinha condições de impor sua autoridade em todas as regiões do império. Com o enfraquecimento do poder central, os grandes proprietários de terra foram adquirindo crescentes poderes locais.






Elementos Germânicos


Economia agropastoril: a base da economia germânica era a agricultura e a criação de animais. Não havia a preocupação de se produzir mercadorias para o comércio.


Comitatus: instituição social que estabelecia laços de fidelidade unindo o chefe militar e seus guerreiros.


Beneficium: os chefes militares germânicos costumavam recompensar os esforços de seus guerreiros, oferecendo-lhes possessões de terra denominadas beneficium. Em troca da possessão recebida, o beneficiado deveria oferecer, ao seu senhor, fidelidade, trabalho e ajuda.


Estrutura política: o poder político sofreu um processo de descentralização, espalhando-se pelas mãos dos grandes propriedades eram denominadas feudo.


Estrutura econômica: o intercâmbio comercial sofreu grande retrocesso, enquanto a economia começou a concentrar-se nas atividades agrárias e pastoris. O artesanato urbano retraiu-se, cedendo lugar a uma produção doméstica feita pelas próprias mulheres.


Estrutura social: formaram-se estamentos sociais (nobreza, clero e servos) que se transmitiam hereditariamente. As relações sociais eram firmadas por meio de laços de dependência e de dominação pessoal (vassalagem). Esses laços uniam homens de diferentes estamentos sociais, estabelecendo relações hierárquicas desde o pico da sociedade (reis e grandes senhores) até a base da sociedade (camponeses presos à terra).










Os Estamentos Da Sociedade Feudal


Na sociedade feudal praticamente não existia mobilidade social. Presas a uma estrutura rígida e estática, as pessoas eram agrupadas em estamentos, permanecendo por toda a vida numa determinada posição social. Vejamos os três estamentos básicos da sociedade feudal:


• Nobreza: constituída pelos proprietários de terra, que se dedicavam essencialmente às atividades militar e administrativa. Cada nobre deveria custear seu próprio equipamento e zelar pela manutenção de sua tropa de guerreiros. Em tempos de paz, as atividades favoritas da nobreza eram a caça e os violentos torneios esportivos;


• Clero: constituído pelos membros da Igreja Católica, destacando-se o alto clero (bispos, abades e cardeais). Desfrutando de prestígio social, o alto clero dirigia a Igreja, administrava suas propriedades e exercia grande influência política;


• Servos: constituídos pela maioria da população camponesa. Eram conhecidos como servos da gleba aqueles que estavam diretamente ligados à terra dos senhores feudais, competindo-lhes uma série de obrigações servis.


Além desses três estamentos básicos, encontramos na sociedade feudal um reduzido número de escravos e uma população urbana, constituída por pequenos mercadores e por artesãos que se dedicavam a um pequeno comércio local de trocas. A influência social dessa população urbana não foi suficiente para alterar a estrutura estática do feudalismo, firmada nas relações de dominação entre senhor e servo.


4. Expropriação e Acumulação Primitiva


Quando se estuda o período de Transição do Feudalismo ao Capitalismo, é necessário compreender que o processo fundamental dessa transição é o de "acumulação de capital". Esta acumulação já foi designada de "primitiva" ou "prévia", pois que é considerada como a acumulação que de gênese ao capitalismo.


Como foi possível ocorrer esta acumulação? Os mecanismos foram vários e é deles que vamos tratar. Importa, inicialmente, verificar como as coisas se passaram na agricultura. As transformações nesse setor foram muitas, mas é necessário enfatizar o processo de "cercamento" (enclosure) dos campos, ocorrido particularmente na Inglaterra. Ao cercar as terras, os proprietários estavam, na realidade, estabelecendo a propriedade capitalista no campo, uma vez que até então existira a propriedade comunal.


O cercamento dos campos implicava, no século XVI, a virtual expulsão dos camponeses, uma vez que o objetivo econômico era a criação de ovelhas (cuja lã seria vendida às manufaturas), que demandavam a utilização de um número muito restrito de trabalhadores. Assim, milhares de camponeses foram expulsos, tornando-se mendigos ou vadios, que passaram a encher as estradas e as cidades.


O governo agiu com presteza, para coibir a mendicância e a vadiagem. Dezenas de leis foram promulgadas perseguindo os expropriados. Ser mendigo tornava-se algo perigoso: era possível ser condenado à morte por causa desse "crime".


No tocante ao comércio, a acumulação se dá com os saques, a pirataria, as práticas mercantilistas, o tráfico de escravos. O monopólio comercial, ou "exclusivo" comercial, pedra angular das práticas mercantilistas é o elemento garantidor da acumulação nas áreas metropolitanas.


No setor industrial, o que se pode observar é uma lenta, mas progressiva investida do capital mercantil na produção manufatureira. Ao lado das atividades artesanais e corporativas, típicas do Feudalismo decadente, observa-se o surgimento da indústria doméstica, que não é ainda uma indústria capitalista: é, essencialmente o modo de produção típico da transição. Na manufatura, apesar de persistirem elementos feudais, já se pode ver a introdução de determinados componentes que se podem classificar como capitalistas: uma pequena divisão do trabalho; pagamento em dinheiro aos trabalhadores.


Diversos autores têm remetido a análise do período de acumulação primitiva para a questão da violência necessária para que ela acontecesse. De fato, o processo não é pacífico: violência contra os índios americanos; contra os africanos que serão escravizados; violência e mortes provocadas pelos piratas e corsários; violência contra os camponeses, expropriados de suas terras e de suas ferramentas. Violência por toda a parte. Não é sem razão que um dos maiores críticos do capitalismo, ao se referir a esse momento dizia que o capital veio ao mundo jorrando sangue por todos os poros.



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