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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

senhor dos anéis

O senhor dos anéis e outras obras




O fenômeno criado por Tolkien



Em 1936, quando o editor Stanley Unwin recomendou a publicação do manuscrito The Hobbit (ou There And Back Again), nunca supôs que este conto mítico de fantasia se tornaria um sucesso literário tão duradouro. Em menos de um ano, The Hobbit já havia conseguido o prêmio New York Herald Tribune de melhor obra de literatura infantil, e rapidamente se transformaria em um clássico universal. O Senhor dos Anéis, que Tolkien escreveu como uma continuação de The Hobbit, chegaria a converter-se em um dos livros mais lidos de todos os tempos.



No ano de 1997, uma matéria realizada pela prestigiada cadeia de televisão britânica BBC nomeou O Senhor dos Anéis como o “melhor livro do século XX”. Outro fato marcante foi a escolha do público - que selecionou as 100 obras artísticas que definiram o século (desde filmes e pinturas, até esculturas e obras literárias), - sendo que entre essas cem obras se encontravam novamente O Senhor dos Anéis. Mas qual é a magia atrás desta epopéia fantástica que tanto fascina aos leitores? http://www.terra.com.br/cinema/senhordosaneis/







Divulgação



J.R.R. Tolkien levou 12 anos para escrever a trilogia Senhor dos Anéis



Filho de pais ingleses, John Ronald Reuel Tolkien nasceu no dia 3 de janeiro de 1892 na cidade de Bloemfontein, no estado livre de Orange, na África do Sul, mas com a pequena idade de quatro anos, ele e seu irmão regressaram à Inglaterra com sua mãe e nunca mais voltaram ao continente africano. Após a morte de seu pai, a família se mudou da localidade de Sarehole, onde o jovem Tolkien passou sua infância feliz imerso na comunidade rural de Warwickshire. Quando tinha 8 anos, sua mãe se mudou para Brimingham, cujo perfil industrial Tolkien achou detestável. A sensibilidade que o autor desenvolveu pela paisagem campestre e sua nostalgia por recuperar esta visão idílica do mundo pode ser apreciada claramente em todas suas narrações e ilustrações.



Quando Tolkien tinha só 12 anos, sua mãe, que sofria de diabetes, ficou gravemente doente e faleceu, deixando os irmãos sob a tutela do Padre Francis Morgan, clérigo do povoado. Os irmãos Tolkien começaram a freqüentar o King Edward’s School, em Birmingham, onde o futuro autor se destacou por seu interesse pelos clássicos. Depois de completar seus estudos de literatura e língua inglesa na Universidade de Oxford, Tolkien casou-se com Edith Bratt.



Em 1915, Tolkien se uniu aos Fusileiros de Lancashire, onde foi designado para combater na batalha de Somme. Ao final da guerra, conseguiu um posto no New English Dictionary, onde permaneceu durante dois anos. Ao mesmo tempo, Tolkien começou a escrever uma obra mitológica e de lendas que no começo chamou de The Book of Lost Tales, e que eventualmente se converteria em The Silmarillion.



Desde muito cedo, os idiomas fascinaram Tolkien, em particular as línguas do norte da Europa. Desta afinidade pela lingüística surgiu não só sua profissão, como também seu hobby, o de inventar idiomas. Ávido leitor de contos míticos e épicos, Tolkien desenvolveu várias opiniões sobre o conceito de mito, sua relação com as línguas, e a importância dos contos, interesse que compartilhava com seu amigo C.S. Lewis.



Em 1920, Tolkien obteve o cargo de professor de língua inglesa na Universidade de Leeds, fato que marcou o começo de uma distinguida carreira acadêmica que culminou em sua nomeação como Professor de cultura anglo-saxão em Oxford.



Paralelamente, Tolkien escrevia para seus filhos e os narrava a história de The Hobbit. Graças a Stanley Unwin, que solicitou ao autor que escrevesse a continuação deste conto, Tolkien se embrenhou na tarefa de escrever O Senhor dos Anéis (The Lord of The Rings), uma epopéia fantástica que levou 12 anos e que não foi publicada até que Tolkien se retirasse de seu trabalho acadêmico. Uma vez afastado, Tolkien e sua esposa mudaram-se para a região de Bournemouth. Com a morte de sua esposa em 1971, Tolkien regressou a Oxford onde faleceu dois anos depois, em 2 de setembro de 1973, deixando a tarefa de edição e publicação de The Silmarillion a seu filho, Christopher.



Algumas das obras literárias de J.R.R. Tolkien

The Hobbit ou There and Back Again (1937)

The Lord of the Rings (1954-1955)

Trilogia que inclui:

- The Fellowship of the Ring

- The Two Towers

- The Return of the King Bilbo’s Last Song (1974)

The Silmarillion (1977), Unfinished Tales of Númenor and Middle-earth (1980), The Adventures of Tom Bombadil and Other Verses from the Red Book (1962), Letters of J.R.R. Tolkien (1981), The Monsters and the Critics and Other Essays (1983).





•O Hobbit: Obra em que Tolkien apresenta ao mundo seus mais famosos personagens, os hobbits, e dá início à saga de uma terra distante habitada por magos, dragões e trolls.





•A Sociedade do Anel: início da trilogia “O Senhor do Anéis”, o livro revela como surgiram os anéis mágicos e como um grupo de magos, elfos e outros seres se formou para impedir que o maligno Sauron dominasse toda a Terra Média.





•As Duas Torres: No segundo volume da trilogia “O Senhor dos Anéis”, a sociedade se divide e eles são obrigados a enfrentar o poderoso exército de Saruman.





•O Retorno do Rei: Volume final da trilogia “O Senhor dos Anéis” em que o escritor narra como acabou a Guerra do Anel, o que aconteceu no confronto dos homens com os exércitos de Mordor e Saruman e o destino de Gollum e do Um Anel.

Contos Inacabados de Númenor e Terra-Média



Publicado pela primeira vez em 1980, sete anos após a morte de J. R. R. Tolkien, o livro CONTOS INACABADOS, abriga diversas narrativas que não estão concluídas. Chegam a um final abrupto, com indicações vagas de como a história continuaria a partir dali, ou possuem diversas versões conflitantes, sem que Tolkien tivesse optado definitivamente por nenhuma delas.



CONTOS INACABADOS foi trazido a tona pelo filho de Tolkien, Cristopher, a partir de rascunhos e anotações das histórias míticas e lendas esquecidas dos arquivos de seu pai. Além de apresentar, Christopher, recheia o textos com notas explicativas, na tentativa de esclarecer os fatos e informações. Além, de redesenhar o mapa de O Senhor dos Anéis em escala maior, reproduzindo o único mapa de Númenor feito por Tolkien. Saiba mais.





O Silmarillion



Quando O Senhor dos Anéis foi publicado, as histórias de O Silmarillion já existiam em suas versões iniciais, escritas em velhos cadernos, muitas vezes às pressas e a lápis. Tolkien trabalhou nesses textos ao longo de toda a sua vida, tornando-os veículos e registros de suas reflexões mais profundas. Em O Senhor dos Anéis, são narrados os grandes eventos do final da Terceira Era. O Silmarillion relata acontecimentos de uma época muito anterior. São lendas derivadas de um passado remoto, ligadas às Silmarils, três gemas perfeitas criadas por Fëanor, o mais talentoso dos elfos. Morgoth, o Senhor do Escuro, que habitava a Terra-Média, roubou essas pedras preciosas e as engastou em sua coroa de ferro. Para recuperá-las, os altos-elfos travam uma guerra prolongada e sem esperança contra o grande Inimigo.







Roverandom



Publicado em português pela Martins Fontes, a mesma editora de O Senhor dos Anéis no Brasil, Roverandom é uma história de conto-de-fadas criada por J.R.R. Tolkien para seu filho, Michael Tolkien.



Michael perdera em 1925, um cãozinho de brinquedo que gostava muito. Para consolá-lo, o pai inventou uma história sobre um cão de verdade que é transformado em um brinquedo por um mago e mandado para um “feiticeiro de areia” à Lua e ao fundo do mar.



Mais de 70 anos depois, as aventuras do cachorro Rover, também conhecido como “Roverandom”, foram publicadas na Inglaterra, organizadas a partir do texto original por Christina Scull e Wayne G. Hammond.

NASCIMENTO?

VÍDEO








“Vida no Ventre”



Apresentação do documentário (2:12 ) (2.85 Mb)



Fecundação



Conheça a viagem do espermatozóide até ao óvulo e a sua fecundação (3:39) (7.07Mb)



Os nossos genes



Conheça os cromossomas que contêm o nosso código genético, porque somos todos diferentes? (2:52) (6.13Mb)



Até às 6 semanas



O início da gravidez. O desenvolvimento do bebé até à 6 semana (10:23) (14.68Mb)



Das 6 às 8 semanas



Conheça o desenvolvimento das 6 às 8 semanas, o que é a placenta e quais as suas funções. Porque podemos enjoar no início da gravidez? (4:28) (6.12Mb)



9ª semana



Como está o bebé à 9ª semana. O sistema nervoso. (2:23) (3.50Mb)



10ª semana



A 1ª ecografia. Conheça o que é a ecografia, como funciona e para o que serve. Veja imagens incríveis das novas ecografias a 4 dimensões. Os gémeos. (6:25) (8.40 Mb)



11ª semana



Como está o bebé à 11ª semana. O reflexo de andar. (2:11) (3.98Mb)



12ª semana



Como está o bebé à 12ª semana. Os orgãos sexuais. (1:35) (1.60Mb)



16ª semana



Como está o bebé à 16ª semana. Inicia o seu processo de percepção do espaço à sua volta. O reflexo de agarrar. (5:31) (8.60Mb)



Das 18 às 24 semanas



O desenvolvimento das 18 às 24 semanas. O sistema digestivo. O reflexo de pestanejar. A 2ª ecografia. (3:58) (5.85Mb)



24ª semana



Como está o bebé à 24ª semana. Os bebés prematuros. Os sentidos ganham vida. O paladar, o olfacto e a visão. (7:17) (10.32Mb)



25ª semana



Como está o bebé à 25ª semana. A continuação do desenvolvimento dos sentidos. A cor dos olhos. A audição. (7:10) (8.81Mb)



26ª semana (I Parte)



Como está o bebé à 26ª semana. O reflexo do susto. O reflexo de chuchar. (3:37) (4.56Mb)



26ª semana (II Parte)



O coração do bebé, já é possível ouvir através da barriga da mãe. Como as emoções da mãe afectam o bebé. Os soluços do bebé. Os pulmões. (5:32) (6.86Mb)



26ª semana (III Parte)



Veja uma operação realizada dentro do útero com vista à resolução de um problema no diafragma do bebé. (3:23) (4.33 Mb)



28ª semana



Como está o bebé à 28ª semana. A memória, o bebé já está a guardar recordações. (6:17) (7.93Mb)



33ª semana



Como está o bebé à 33ª semana. O nosso bebé já sonha. (3:46) (6.42Mb)



38ª semana



Como está o bebé à 38ª semana. Os últimos dias dentro do útero. (2:05) (2.50Mb)



O Parto



O parto. “O seu nascimento marca o início da sua viagem no mundo mas ela já percorreu um caminho incrível durante a sua odisseia de 9 meses dentro do ventre” (7:39) (11.41 Mb)







APFN recomenda que se copiem os clips para o PC, assim como a apresentação em Power Point, seguindo as instruções:



1 - Crie no seu PC uma nova pasta, com o nome que quiser. Por ex “Video”.

2 - Coloque o rato em cima do “hiperlink” de cada clip, por ex “Vida no Ventre”.

3 - Carregue no botão do botão do lato direito do rato.

4 - Seleccione a opção “Guardar destino como…”

5 - Escolha o nome sugerido, mas na pasta que criou em (1).



Uma vez terminada a cópia de cada um dos clips, copie para a mesma pasta a apresentação “No princípio, somos assim.ppt”.



Ao executar a apresentação, verá que os slides irão passando automaticamente, mostrando todos os clips sequencialmente.

Em caso de problema, envie email para apfn@apfn.com.pt, indicando qual o problema. Se possível, indique o número de telemóvel, para que melhor o possamos ajudar.

Ramsés

I – Ramsés - O Filho da Luz



sinopse I :



Quando se evoca a grandeza do antigo Egipto, um nome vem imediatamente á memória: Ramsés, que reinou durante mais de sessenta anos. Por agora, Ramsés tem apenas 14 anos; seu pai, Séthi, faraó venerado pelo povo, fez do Egipto o mais poderoso império do mundo



sinopse II :



Ao recriar a grandiosidade e o mistério dos tempos antigos, retrata, como nunca se fez antes, o magnífico faraó Ramsés, cujo reinado se encontra talhado em esculturas colossais. Pertencente à XIX dinastia do Egito Antigo, Ramsés soube cultivar a sabedoria, a justiça e a prosperidade. Abençoado por Sethi e amado pelo povo, ele reinou por mais de 60 anos às margens do Nilo, a terra do misticismo e do encantamento.



II - Ramsés - O Templo dos Milhões de Anos



sinopse I :



Para Ramsés, o Filho da Luz, chegou a hora da coroação. Tem todos os atributos para se tornar um grande faraó. O amor de Nefertari, a grande esposa real, e da mãe, a sólida rede de amizades mantidas desde a adolescência, entre as quais a do hebreu Moisés, e a capacidade de Ramsés para avaliar os homens ajudá-lo-ão a assumir as suas pesadas funções. Mas é preciso que o jovem faraó conserve o seu trono. Porque, na sombra, as conspirações multiplicam-se.



sinopse II :



Neste segundo volume - O Templo de Milhoes de anos-, Ramses e coroado farao e tera que vencer muitos complos para conservar o Trono.





III - Ramsés - A Batalha de Kadesh



sinopse I :



Para salvar o Egipto, Ramsés tem de enfrentar o temível exército hitita, cujo armamento é superior ao seu. A guerra parece inevitável. É em frente de Kadesh, fortaleza inexpugnável da Síria do Norte, que o choque frontal se verificará. Como poderá Ramsés preparar-se para o combate quando a saúde da sua real esposa, Néfertari, vítima de um feitiço, declina irremediavelmente, e no próprio território do Egipto, uma rede de espionagem pro-hitita continua a actuar?



sinopse II :



Neste terceiro volume da série - A Batalha de Kadesh -, Ramsés terá que vencer dois inimigos poderosos: o implacável exército hitita e o efeito da magia que está tirando impiedosamente a vida da esposa real. Em desespero, Ramsés apelará aos céus. Mas seu pai celeste responderá a seu apelo?



IV - Ramsés - A Dama de Abu Simbel



sinopse I :



Apesar do violento choque da batalaha de Kadesh, Ramsés não conseguiu fazer vergar o temível poderio hitita; em vez de continuar a luta, teve a ideia, como última estratégia, de enveredar pela via das negociações…

Mas na vida de Ramsés, para além da guerra há também o amor que dedica à grande esposa real. Numa homenagem apaixonada, o Faraó decide oferecer a Néferatari o mais fabuloso dos presentes: em Abu Simbel, serão edificados dois templos, símbolos do seu amor eterno.



sinopse II :

Neste quarto volume da série - A Dama de Abu-Simbel-, Ramsés terá que enfrentar duas ameaças perigosas: Moisés retornará ao Egito para exigir de Ramsés autorização para o êxodo hebreu, e Ofir atingirá com sua magia maléfica o primogênito de Ramsés. Conseguirá a magia de Nefertari - a Dama de Abu-Simbel - proteger o Filho da Luz?



V - Ramsés - Sob a Acácia do Ocidente



sinopse I :



Aos 50 anos, após ter conduzido o Egipto a uma deslumbrante prosperidade, Ramsés poderia aspirar á serenidade da avançada idade. Mas o seu fabuloso destino nãolho permite ainda: tem de governar. Ramsés tenta, acima de tudo, preservar a paz duramente conquistada.



sinopse II :



Ramsés oferece à esposa real o mais fabuloso presente: manda erguer, em Abu-Simbel, dois templos como símbolo de seu amor eterno. Neste quinto e último volume - Ramsés, aos cinquenta anos de idade, tendo conduzido o Egito a uma deslumbrante prosperidade, aspira à serenidade da idade avançada. Porém, mais uma vez terá de ceder ao capricho Hitita: ao perder Nefertari e Iset a Bela, será obrigado a desposar a princesa Hitita para conservar a tão sonhada paz.

MAIS ENTRETENIMENTO-

É falta de educação, sim!




Pode vestir a carapuça. Muitas vezes, não queremÉ falta de educação, sim!




Pode vestir a carapuça. Muitas vezes, não queremos enxergar, mas aquele comportamento inadequado das crianças não pode sempre ser atribuídos a traços de personalidade ou temperamentos. Fique esperto: educar dá trabalho e exige atenção. E esse trabalho é seu, não adianta…



por IRACY PAULINA, MÃE DE JOÃO







Criança que não gosta de dar beijo? “Ah, ela é tão tímida”, apressa-se em explicar a mãe. Vive metendo a colher em conversa de adulto? “Olha, que gracinha, como ele é inteligente!”, orgulha-se o pai. Diz tudo o que pensa e mais um pouco? “Ela é tão espontânea”, tenta consertar a mãe. Percebeu? Quando se trata de nossos filhos, temos uma incrível tendência de confundir falta de educação com temperamento. Ele faz isso porque é assim ou assado, justificamos, quando, na verdade, a situação está pedindo mesmo é que entremos em campo o quanto antes para dar limite e modos ao mocinho ou mocinha. E essa confusão é mais comum do que você imagina e acontece em situações que a maioria de nós considera absolutamente normais. Duvida? Pois mostramos a seguir uma lista de comportamentos mal-educados que muitos pais deixam barato por acreditar que se devem ao jeito de ser do filho.



Não dar beijo

Desculpa: Ela é muito tímida.

Pode até ser. Mas numa família em que o beijo faz parte do ritual de demonstração de afeto, a criança naturalmente o incorpora. “Ela aprende a ser afetiva com pais afetivos”, observa a psicopedagoga Neide Noffs, professora da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP). Ah, mas todos em sua casa são de beijar muito e mesmo assim ela não quer entrar na onda? Algumas crianças, segundo Neide, costumam se mostrar arredia a beijos, especialmente se eles partem de quem ela não conhece. São casos para se abordar com jeitinho. Não adianta ralhar: “Deixa de ser mal educado, menino!” Vale mais conquistá-la com frases do tipo: “Me dá um beijinho, gosto tanto de você”.

Marília cresceu numa família de sete irmãos. Nunca duvidou do amor dos pais, embora eles fossem bastante econômicos em demonstração de afeto por meio de afagos e beijos. Sem esse aprendizado, confessa que carregou pela vida afora uma certa dificuldade de abraçar, beijar e ser mais afetiva com as pessoas. E não foram poucos os que a consideravam antipática por causa disso, o que restringiu bastante seu círculo de amigos. Com seu filho, Joel, 5 anos, já foi o contrário. Marília o cobriu de beijos e afagos desde o primeiro minuto que a enfermeira o trouxe e colocou em seus braços, ainda no centro obstétrico. É um menino doce e adorável, que não perde uma chance de beijar e abraçar as pessoas de nosso convívio e os coleguinhas na escola.



Não dividir brinquedo ou doce com outra criança

Desculpa: Ele é zeloso com suas coisas (ou secretamente teme: será que meu estou criando um pequeno egoísta?)

Ele não que dar porque ainda é novinho, não sabe o que é dividir, dizem os pais. Vivían de Andrade Niklos, coordenadora pedagógica do Colégio Alvorecer, concorda: “Até os quatro anos a criança pensa da seguinte maneira: o que é meu, é meu; e o que é dele é nosso”, explica. Não é desculpa para deixar por isso mesmo quando o pequeno se recusa a partilhar. “Esse é um conceito que devemos ajudar a criança a construir desde cedo para que não vire um egocênctico no futuro”, observa Vívian. Se ele se recusa a repartir um doce, você tem todo o dever de entrar em campo, assegura a psicopedagoga Neide, e fazer a divisão pelo filho e aquentar firme o chororo. Normalmente, quando a mãe faz isso, a criança embirra e não quer a metade que lhe coube. Aí a reação comum em muitos pais é dizer: ah, é, então eu dou tudo para o fulano. “Assim ele entra na birra da criança e a ação educativa vai para o espaço. Se a criança não quer naquela hora, o melhor a fazer é dizer: ‘então, vai ficar aqui guardado para quando você quiser, pois esse pedaço é só seu.’ Assim ela entende o sentido de dividir: aquele pedaço é dela, não o doce todo”, explica Neide.

E quando a criança recebe um amiguinho em casa e fica regulando os brinquedos? Em primeiro lugar, antes da visita chegar, os pais devem conversar com o filho: ele não é obrigado a dividir com o coleguinha os brinquedos que ele mais gosta. Mas se não quiser fazer isso, deve guardá-los e deixar a mostra só aqueles que poderão ser socializados. “A criança também tem direito de ter o espaço dela, de ter coisas que ela não gosta de dividir. E isso precisa ser respeitado. Se não a gente acaba criando uma pessoa muito submissa”.



Deixar brinquedos espalhados pela casa toda

Desculpa: Puxou ao pai no jeito desorganizado.

Nada disso. A pedagoga Vívian garante que nenhuma criança nasce bagunceira. Ela se torna bagunceira quando encontra as condições ideais para isso: se há adultos que dão o exemplo dentro de casa ou se não conta com medidas educativas que a ensinem a ser organizada. “Na escola, desde o começo trabalhamos com rotinas bem definidas. Antes de passar para outra atividade, os alunos guardam todos os materiais que usaram na anterior. Com isso vão construindo a noção de organização”, explica Vívian, que aconselha os pais a seguirem a mesma política em casa. Se cansou de brincar com um brinquedo? Então vamos guardá-lo e pegar outro. Mas para que a tática dê resultados, é preciso montar um cantinho dos brinquedos, onde eles fiquem arrumados em uma caixa ao alcance do pequeno.



Falar alto, cantar, dar show interrompendo os adultos a qualquer hora

Desculpa: Meu filho é muito extrovertido

Criança adora uma atenção e faz tudo para que os adultos fiquem ligados nela. Precisa aprender, porém, que tem hora para tudo. E que as outras pessoas também tem seus afazeres, suas responsabilidades, suas ocupações. Ninguém é platéia para ela o tempo todo. Ela também precisa ter um tempo consigo mesma, com seus brinquedos, com seus amigos imaginários. Ensinamos isso a nossos filhos com atitudes. Você está conversando com uma visita e ela monta um showzinho no meio da sala? “Parem a conversa um instante para dar um pouquinho de atenção à garota, em seguida, a mãe pode dizer: ‘filha, estou resolvendo um assunto de adultos com a fulana, vá brincar em seu quarto, por favor’”, afirma Neide. O importante é dar uma alternativa à criança. Não deixá-la sem fazer nada. Um intercâmbio com a escola também pode ajudar. Lá ela aprende que tem hora para cada atividade e também que cada aluno tem a sua vez de falar ou de ser o centro das atenções. Assim também pode funcionar em casa.



Comer pouco, não comer, comer só o que quer

Desculpa: Tão pequeno e já é cheio de vontade, por isso não há mesmo jeito de fazer ele comer o que não gosta

Tudo bem. Nem todo mundo gosta de banana ou é obrigado a achar espinafre um manjar dos deuses. Mas tem criança que nem comeu e já diz que não gosta. E casos como o da Nicole, então? Patrícia, sua mãe, não sabe como explicar: “Na escolinha ela simplesmente come de tudo, verduras, legumes, frutas… Em casa, não quer saber de nada disso. É um baile fazer com que ela engula alguma coisa”, suspira.

O problema é que demonstramos uma angustia enorme diante de um filho que se recusa a comer – e ele, que não é nada bobo, nota logo que pegou em seu ponto frágil. Descobre que esvaziar ou não o prato pode ser uma boa arma de barganha. E também uma forma de ir batalhando sua autonomia, mostrando que é diferente dos pais – eles querem que eu coma cenoura, mas eu prefiro cachorro quente! Na escola ele come de tudo porque está entre iguais, vai na onda dos coleguinhas.

O segredo para lidar com os maus hábitos de uma criança com comida é não fazer disso um cavalo de batalha. Foi o que per-cebeu a psicopedagoga Maria Irene Maluf, mãe de Maria Paula e Maria Fernanda, percebeu isso na própria pele. “Quando era pequena, uma de minhas meninas não comia nada. Eu ficava desesperada até que um dia o pediatra dela me disse: ‘olha, nunca vi uma criança que morasse em casa que tem comida morrer de fome’. Ouvindo aquilo, caiu a ficha na hora: ela não queria almoçar, tudo bem, eu tirava o prato. Mas sempre deixava uma bolacha, um ovo cozido ou outra coisa na cozinha, ao alcance dela. Mas só coisa saudável, nada chocolate ou outra guloseima. Assim, quando tinha fome ela ia lá e comia. Aos poucos, ao per-ceber que eu não estavam me importando mais, ela começou a comer normalmente como todos da casa”, diz Irene.



Jogar papel no chão

Desculpa: Coitadinho, ele não faz por mal, é só distraído.

Fazendo vistas grossas para “distrações” ajudamos a degradar um pouquinho mais o nosso planeta - afinal não estamos contribuindo em nada para for-mar um ser consciente da necessidade de preservá-lo. E esteja certa, eles aprendem isso partir de pequenos gestos como o de colocar o papel da bala no local adequado: o cesto de lixo.

Dia desses Vivian presenciou uma cena muito bacana no Alvorecer, onde os alunos de educação infantil, desde o início, aprendem sobre coleta seletiva de lixo. “Um dos alunos do ensino fundamental jogou um papel de doce no chão e um dos pequenininhos que viu a cena correu atrás dele, puxou suas calças e falou: “ei, você não viu que ali tem saco de lixo?”, conta ela.

Ajuda bastante quando os pais também criam essa cultura em casa. “Em minha casa sempre mantive pequenos lixos em cada cômodo, até no quarto das crianças. Se não tem um recipiente próprio à vista, não adianta nada viver dizendo para a criança pequena “joga o lixo no cesto, menino!”. Outra medida educativa certeira é ajudar a criança a refazer a cena do modo mais adequado. Ela jogou um papelzinho de bala no chão? Pegue-a pela mão, volte ao local e diga: “Filho, vamos jogar o papelzinho no lixo?” Ela recolhe, você aponta o lugar certo para jogar e pronto: meio caminho andado para reforçar um bom hábito! Lição inversa dão aqueles pais que vira e mexe jogam pequenos lixinhos pela janela do carro. Se não há um saquinho dentro do veículo próprio para descartar pequenas coisas, deixei num cantinho da bolsa e jogue no lixo de casa.



Não ter hora para dormir

Desculpa: Ela é muito elétrica, tem um horário biológico diferente do nosso.

Deu 8 horas da noite, o filho mais velho de Simone, Vicente, 5 anos, “apaga”. Já a caçula, Cecília, 3, vai até 1 da manhã com a corda toda, se ela deixar. “Já fiz de tudo para tentar acomodar o horário de sono dela”, conta Simone. Chacoalhar ainda funciona um pouco, só haja braço para agüentar o peso da menina. Contar história não adianta, ela fica ainda mais elétrica. O mesmo acontece se colocar um DVD. Simone tam-bém já tentou a tática de dar banho tarde da noite, com sabonete de camomila, sem sucesso. Agora o que tem feito é obrigá-la a deitar às 23 horas. “Na maioria das vezes, ela chora por uns três minutos e acaba pegando no sono”, diz.

O sono é comandado pelo relógio biológico, cujos ponteiros podem variar de pessoa para pessoa. Mas ajuda bastante criar uma rotina, explica Irene Maluf. “Os pais devem habituar a criança a dormir sempre no meso horário e criar sinaliza-ções para que elas saibam quando a hora de ir para a cama está se aproximando”, diz Irene. Coisas bem fáceis de identificar. Um exemplo? O sinal pode ser o final do desenho que passa às 7 horas da noite e seu filho não perde por nada. Terminou? Então, já para a cama!



Dizer tudo o que pensa

Desculpa: Olha que gracinha, como ele é espontâneo.

Não é tão gracinha quando uma pessoa obesa para pela rua e ele solta um “que gooorda!”. Ou um “você é muito chato” para aquele parente de cerimônia. Criança costuma falar mesmo tudo o que pensa porque ainda não tem censura. Ainda não aprendeu que tem coisas que a gente diz em publico e outras que guardamos para momentos mais reservados. Por isso, uma das responsabilidades dos pais é mostrar a seus filhos que existem regras de convivência, e que nem sempre dizer tudo o que pensa combina com elas. “Não adianta ralhar com a criança em público, na hora em que ela solta a indiscrição. Ela vai se sentir o centro das atenções. Como criança adora isso, acaba repetindo o comporta-mento”, diz Neide Noffs.

Mas não deixe barato, em outro momento volte a falar da cena e diga porque agir daquela forma não é adequado. Que as pessoas podem reclamar, achar ela chato. E que se insistir em agir assim ela pode acabar perdendo amigos, ninguém gosta de uma pessoa inconveniente por perto.







Revista Pais e Filhos - Jun. 2006



































Uma sincera expressão do sentimento para com Deus

February 4, 2008 - Posted by Phoenix- 0 Comments

BRUXARIA:

UMA SINCERA EXPRESSÃO DO SENTIMENTO PARA COM DEUS



Maria Judith Machado de Carvalho (UNINCOR)



Geysa Silva (unincor)







“Por mais monológico que seja um enunciado, por mais que se concentre no seu objeto, ele não pode deixar de ser também, em certo grau, uma resposta ao que já foi dito sobre o mesmo objeto, sobre o mesmo problema, ainda que esse caráter de resposta não receba uma expressão externa bem perceptível”.(BAKHTIN, 1994: 317 )







Desde os primórdios da vida humana, mulheres e homens maravilhados pelos inúmeros mistérios da natureza renderam-lhes culto. Desta necessidade de cultuar originou o entendimento e do entendimento resultou o significado. Porém, estas três unidades de expressão não conseguiram substituir os mistérios da vida, pois estes nunca desaparecem. Assim, os antigos mistérios, ou seja, os mistérios de transformação - como as coisas se convertem em outras, como elas crescem, morrem e renascem - estão no cerne de muitos discursos religiosos, vulgarmente chamados de bruxaria.



Entendendo tais discursos como o lugar de encontro do lingüístico com o ideológico, pode-se afirmar que a bruxaria está presente no ocidente desde o período paleolítico, mantendo-se viva e atuante mesmo paralela ao paganismo greco - romano e ao cristianismo, até os dias atuais, já que, segundo Bakhtin (1994 : 343), não há nada morto de maneira absoluta e todo sentido sempre festeja algum dia o seu renascimento.



Logo, a bruxaria é primeiro e antes de tudo uma aceitação da divindade personificada no que chamamos de natureza, com discursos específicos de acordo com as circunstâncias e as vivências das pessoas envolvidas. Também é sabido que uma espécie de poder capaz de transformar a vida das pessoas através da cura, da leitura de astros, do fornecimento de alimentos e outros sempre foi acessível a algumas mulheres e homens de toda cultura. E este saber próprio transmitido oralmente de geração em geração ultrapassou fronteiras, através das pessoas que viam e iam, ajudando na formação de vastas confrarias as quais intercambiavam discursos sobre os segredos da cura do corpo e muitas vezes da alma. Tal fato reflete o princípio dialógico decorrente da exotopia de Bakhtin ( 1994:343 ): “não há uma palavra que seja a primeira ou a última, e não há limites para o contexto dialógico, este se perde num passado ilimitado e num futuro ilimitado…”



Desta maneira , estando a palavra inexoravelmente contaminada do olhar de fora , conclui-se que os discursos da bruxaria são narrativas tecidas através das experiências alheias, aquelas ditas como exemplares, nas quais, de acordo com Walter Benjamim(1994 :.200 ) , o caráter utilitário, ou melhor, o aconselhamento, como também a idéia de harmonia com a natureza podem ser encontrados:



“Não chore por mim quando eu morrer, pois ainda estou aqui.



Estarei no verde das árvores da floresta,



Estarei nas flores dos campos,



Estarei no borrifar das águas da praia,



Estarei no suspiro do vento de um dia quente de verão,



Estarei nas águas encapeladas dos riachos,



Estarei na luz do Sol e da Lua Cheia.



Estarei com o Deus e a Deusa para sempre.



E renascerei.” ( CANTRELL, 2002: 35 )

Com este olhar , é merecido afirmar que os discursos da bruxaria,embora ridicularizados e deliberadamente associados ao mal pelas religiões institucionalizadas e pelas comunidades científicas ao longo da história de suas enunciações, nada têm de parecido com lançar feitiços ou práticas maldosas, são puras manifestações de amor ao Criador e de esperança na continuação de Sua bondade. A forma nada ortodoxa que buscam sua verdade é que diferem dos demais discursos , pois envolve elementos como a magia, que é parte da sabedoria universal, embora a maioria das pessoas sejam resistentes em aceitá-la, já que foram condicionadas desde a infância a ter uma visão de mundo racional, onde os simbolismos da magia não fazem o menor sentido, porque não dizem diretamente aquilo que querem dizer, fazendo necessárias a leitura e interpretação desses simbolismos para o seu entendimento. E segundo Debray ( 1993:58 ), comunicar através de signos é excluir tacitamente da comunicação viva o grupo vizinho , para quem esses signos são letras mortas ou jogo gratuito de imagens.



Assim, quando houve uma maior profundidade da cristandade, as leis eclesiásticas contra a prática de determinados cultos e, conseqüentemente ,de seus discursos tornaram-se mais rígidas, reprimindo duramente todo um saber que caiu na clandestinidade. Porém estas vozes silenciadas se opuseram àquelas opressoras, acentuando o seu caráter destruidor e uniformizador. E foi em silêncio que estas vozes sufocadas prosseguiram com o seu trabalho de subversão, conseguindo chegar ainda hoje aos nossos ouvidos através de redes de sociabilidade afetiva. São os legítimos discursos performativos alterando o pedagógico:



Mantenha um livro em suas própria mão de escrever. Deixe que irmãos e irmãs copiem o que quiserem, mas nunca deixe esse livro fora de suas mãos e nunca guarde os escritos de outro, pois se for encontrado com sua letra você será apanhada e torturada. Cada um deve zelar por seus próprios escritos e destruí-los quando o perigo ameaçar. Aprenda tanto quanto puder de cor e quando o perigo passar reescreva seu livro.O mesmo faça com as ferramentas. Que elas sejam como coisas comuns que qualquer um tenha em casa. Que os pentáculos sejam de cera para que possam ser derretidos ou quebrados rapidamente. Não possua nomes ou signos sobre nada, escreva os nomes e signos com tinta antes de consagrá-los e lave-os imediatamente depois. (GARDNER, 2003:52)



Também uma memória hábito aqui é constatada -“um exercício que, retomado até a fixação, transforma-se em um hábito, em serviço para a vida cotidiana” (BOSI,1979:.11 ) - já que as chamadas bruxas ainda hoje , apesar da perseguição ter esmorecido, continuam repetindo os mesmos discursos de proibições e se mantendo escondidas como nos anos de martírio. Isto parece revelar que as lembranças da tortura de tão compartilhadas passaram, de certo modo, a ter um respaldo maior de credibilidade como se o fato de ter havido mais testemunhas as tornassem mais concretas e reais.



Os discursos da bruxaria sempre partiram do princípio que todas as coisas são partes da Grande Mãe, incluindo o poder de destruir, o mistério da morte e a escuridão da noite, que são ingredientes necessários na Grande Roda da Vida Criada. Mas, entre 2500 e 1500 antes da era cristã, já se percebe uma mudança nos discursos das mitologias e literatura sacra: a vida passou a ser vista principalmente como uma luta entre as forças do bem e do mal e a vida na terra tornou-se menos importante do que a vida por vir. O mundanismo foi rejeitado como conceito religioso, levando muitos dos velhos discursos a serem refeitos para refletir essa transformação de consciência. Por sua vez, com o advento do cristianismo, as “boas novas” que ele pregava e os discursos da bruxaria coexistiram, pois o cristianismo não se tornou a fé dominante de um dia para outro. Porém, à medida que a Igreja cresceu em estridência na sua doutrinação, aqueles discursos que diferiam dos seus foram distorcidos e as imagens arquétipicas de suas divindades desfiguradas, sobretudo o Deus Cornífero, que por ter chifres foi chamado de Satã, Lúcifer, Belzebu, representando o legítimo demônio das Sagradas Escrituras. Foram discursos feitos como forma de propaganda para desencorajar e assustar as pessoas que tivessem relação com aquela que a igreja considerava rival. Desta maneira, a prática da bruxaria foi associada ao mal para justificar o sistemático extermínio de seus praticantes, nas chamejantes fogueiras da Inquisição, como também a destruição de seus lugares e santuários sagrados, pois a Igreja tinha como meta resguardar o seu domínio.



Conclui-se, então, que a partir da caça às bruxas, seus discursos passaram a ser proferidos numa dimensão oculta da sociedade, verificando uma construção social da memória feita por aquelas agora tidas como bruxas, como também pelo Estado em relação a elas , uma vez que a partir do momento que as bruxas passaram a trabalhar às escondidas e o Estado a persegui-las, houve uma tendência de ambas as partes de criar esquemas coerentes de narração e de interpretação dos fatos, que são verdadeiros “universos de significado” e dão uma versão própria dos acontecimentos. Como Bosi afirma (1979:.27 ), “este é o momento áureo da ideologia com todos seus estereótipos.” Vários discursos de adoração , segredos do conhecimento das ervas e o grande segredo da magia foram tratados de forma que se tornaram quase uma sociedade familiar secreta. Enquanto que,por outro lado, a imagem de hereges e adoradoras do demônio era tecida. Obviamente que venceram os discursos pronunciados pelos opressores; foi uma luta do coletivo contra uma minoria, cuja fraqueza e falta de possibilidade de se defender fortaleceu o ponto de vista opressor, melhor dizendo, foi uma compreensão passiva que excluiu totalmente a possibilidade de alguma resposta:



As bruxas desencadeiam tempestades danosas com raios e trovões; causam a esterilidade de homens e de animais; fazem oferenda de crianças aos demônios, as quais acabam matando e devorando. (FRAMER & SPRENGER, 2002: 214 )



Embora proferidos às margens, os discursos da bruxaria continuaram a relatar fatos e em alguns deles é possível observar aquilo já mencionado por Barthes(1988:.146 ): há diferença entre o fato ocorrido e o seu relato, assim como existe um descompasso entre o tempo do fato e seu enunciado:



Eu me lembro, ó fogo,



Como tuas chamas uma vez inflamaram minha carne,



entre bruxas retorcidas por tuas chamas,



agora torturadas por ter contemplado o que é secreto.



Mas para aqueles que viram o que vimos



sim, o fogo nada era.



Ah, bem me lembro dos edifícios iluminados



com a luz que nossos corpos emitiram.



E sorrimos ao contemplar o vento das chamas por trás de nós,



O fiel entre os infiéis e cegos .



Ao salmodiar das orações



No frenesi das chamas



Cantamos hosanas a vós, nossos Deuses,



Em meio ao fogo doador de força,



Dedicamos nosso amor a Vós da Pira. ( GARDNER,2003:119 )



Nota-se que a experiência vivida acima é refeita de modo que a cena tão comovente perdeu muito de seu poder sugestivo, despojando-se, portanto, do prestígio que a circundava: a morte nas fogueiras passou a ser coadjuvante, enquanto que a fé das bruxas passou a protagonista. É como se a cena fosse iluminada de outra forma, sendo reconhecida, embora não podendo dizer que ela tenha permanecido o que era antes. Seria dizer que ao relatar um fato, uma nova leitura é feita, pois segundo Bosi (1979:.21), a experiência da releitura é apenas um exemplo, entre muitos, da dificuldade, senão da impossibilidade , de reviver o passado tal e qual.” Aqui o passado foi trabalhado qualitativamente, ou seja, as lembranças emitidas pelo discurso conservaram o passado do indivíduo na forma que lhe foi mais apropriada, ou seja,aquilo que foi desagradável foi alterado, assim como aquilo que era trivial foi elevado à hierarquia do insólito e no fim formou-se um quadro total, novo, sem desejo consciente de falsificá-lo.



É digno também de menção os muitos discursos bem elaborados das bruxas nos quais as crendices populares sobre o demônio eram exploradas, conseguindo, assim, salvar muitas vezes suas vidas:



…ela relatou que o demônio havia aparecido para ela na noite anterior , vestindo roupas pretas e segurando uma varinha em sua mão; acrescentou que o demônio exigiu que ela continuasse seu trabalho de fé, de acordo com seu primeiro juramento e promessas realizados.Ela renunciou completamente a aparição e lhe disse: “Vá embora Satã. Eu ouvi muito o que você disse, mas agora quero que você desapareça.” O demônio respondeu que uma vez feito o juramento, ou ela morria ou se entregava. Após dizer isto, o demônio quebrou sua varinha branca e desapareceu. (MURRAY, 2003:57 )



Chegando ao século XVI, verifica-se que os assuntos relacionados com a bruxaria é ainda de interesse das pessoas, visto que elas, embora rejeitassem o questionamento de caráter religioso, eram tão devotamente religiosas quanto os seus antepassados medievais e ainda supersticiosas o bastante para acreditar em bruxas. E Shakespeare,com sua genial perspicácia, soube como ninguém explorar tal imaginário de temor e perseguição com seu discurso teatral em “Macbeth”. Tal discurso intensificou toda uma imagem negativa em relação às bruxas., pois os discursos que Shakespeare colocou na boca das bruxas foram enigmáticos, dificultando a decodificação de suas mensagens e forjando a ambigüidade das palavras, como também das interpretações ,enchendo, assim, a atmosfera de uma influência maligna, o que leva a crer que as bruxas são mais poderosas e macabras do que se possa supor e que sempre prejudicam as pessoas através do uso de forças mágicas: “Fair is foul, and foul is fair… ” (SHAKESPEARE,1983:1)



Atualmente com a eclosão das ciências femininas, como a ecologia, surge em todo mundo um interesse pelo culto da natureza e, conseqüentemente, pelos discursos pagãos,ou seja, aqueles usados hoje em dia para descrever qualquer prática espiritual anterior ao período em que a cultura e as religiões dos povos invasores foram impostas às comunidades tribais, vulgarmente chamados de bruxaria. Estes diversos discursos (Celta, Druidismo, Xamanismo, Wicca…) são centrados na terra, seguindo um calendário baseado nas quatro estações , além do uso de antigas práticas espirituais do mundo todo, assim como eram antes de ser subjugadas - reverência da vida através de festivais, cerimônias e atividades que refletem às necessidades do momento . Eles também se apóiam em informações mais recentes, relativas a tradições centradas na natureza e que resultaram de várias vozes ecológicas e ambientais cada vez mais amplas nos últimos cinqüenta anos. Pode-se dizer, então, que são variantes do paganismo, isto é, idioletos que, segundo Jakobson(BARTHES,1993:24), são linguagens de certas comunidade lingüísticas , ou de um grupo de pessoas que interpretam da mesma maneira todos os enunciados lingüísticos:



Viver a Rede Wicca você precisa,



Em perfeito amor e perfeita confiança.



Viva e deixe viver,



Tome com justiça e dê com justiça.



Olhe com suavidade e toque com suavidade,



Fale pouco e ouça muito.



Dê ouvidos às flores, arbustos e árvores,



E pela Senhora será abençoado.



Quando tiver uma necessidade,



Não dê ouvidos à ganância dos outros.



Não passe tempo com um tolo



Nem se considere amigo dele.



Felizes encontros e felizes partidas,



Ilumine o rosto e aqueça o coração



E seja para sempre fiel no amor ,



A menos que seu amado lhe seja infiel.



Lance o círculo três vezes



Para manter todos os espíritos fora.



Para que o encantamento seja sempre válido,



Diga-o em versos.



Sentido horário na lua crescente,



Entoando a runa Wicca.



Sentido anti-horário na lua minguante,



Entoando a runa maléfica.



Quando a lua da Senhora for nova,



Beije a mão para Ela três vezes.



Quando a lua estiver no seu pico,



Busque o desejo de seu coração.



Nas direções das águas ondulantes,



Jogue uma pedra para saber a verdade.



Quando estiver muito infeliz,



Use a estrela azul na testa.



Oito palavras cumprem a Rede Wicca:



Se não prejudicar ninguém, faça o que desejar! (CANTRELL, 2001: 191)



Se de fato a bruxaria é uma religião paleolítica ou uma releitura dos cultos arcaicos, a verdade é que ela vem desempenhando um importante papel no resgate de valores em desusos , tais como: o prazer, a solidariedade, a não-competição e a união com a natureza. E os sentimentos que unem seus praticantes são os mesmos de querer estar mais próximo Daquele que nos criou e de mostrar a profunda gratidão que eles,adoradores, não conseguem expressar com palavras. E através dos símbolos e das metáforas - tambores, pedras, penas, conchas, varas de condão, taças, caldeirões e vestimentas feitas de plantas e animais -, seus discursos revelam os padrões de conhecimento que estão subentendidos no universo físico, assim como nossos ancestrais entendiam a natureza , buscando orientação ou cura em suas criaturas, ervas, flores e árvores e compreendendo a vida por meio de visões, viagens astrais e sonhos:



Que agora os poderes da vida e da luz



abençoem-me e protejam-me nesta noite.



Forças do bem, da vida e da luz,



Desçam à minha varinha esta noite,



Pois esta é uma ferramenta de minha arte sagrada.



Por isso, seus poderes eu peço agora.



Com os elementos terra ,ar,fogo e mar,



Eu agora te batizo, abençôo e consagro!



Que a minha vontade seja feita, assim seja! ( SABRINA,2002: 174 )

Vê-se que os seres humanos reverenciavam a vida de formas muito mais simples, não precisando nada além da natureza para preservar a saúde espiritual, de suas tribos. Porém, com o surgimento da religião organizada, mecanismos de controle que baniam as práticas pagãs foram postas em ação Igrejas e outras construções de cunho religioso foram erigidas em locais sagrados pagãos, muitas datas pagãs foram incluídas em seu calendário, e as práticas xamânicas foram consideradas obra do demônio, relacionando o conceito de medo ao de espiritualidade. Deste então, começamos a aprender a nos relacionar com o Divino por intermédio da Igreja.



Muitas guerras foram travadas em nome da religião. Inúmeras pessoas sofreram ao longo de eras em resultado disso. Forças poderosas ainda lutam pela supremacia sobre terras , povos e mercadorias, exercendo o mesmo controle posto em vigor há tanto tempo atrás. A total desinformação com respeito ao verdadeiro significado das práticas pagãs gerou a grande confusão e ignorância que existe hoje com relação à bruxaria. Esta foi um dia uma parte essencial da vida em comunidade, cuja própria vitalidade levou-a a sofrer a exploração e repressão de que foi vítima.



Hoje, falando a uma só voz no mundo todo, devido ao aumento de publicações, revistas e de grupos praticantes, a verdade da bruxaria, como um discurso poderoso, mas pacífico e amoroso, está aos poucos desfazendo muitos equívocos cristãos. No momento, a bruxaria é vista como uma religião em rápida expansão e mais do que nunca, temos de ficar cientes de que é preciso sempre respeitar a decisão de outra pessoa de se dedicar a práticas que estejam de acordo com suas crenças e ideais , desde que não prejudiquem ninguém.



Que este seja um tempo em que os discursos das religiões do mundo todo tolerem e respeitem as crenças alheias, construindo assim uma ponte para uma paz duradoura.



Assim seja!



Nós Te contemplamos, Mãe, nossa Mãe-Terra, que nos



ensinas que sem primavera não pode existir verão, sem verão não pode



existir inverno, e sem inverno não pode existir primavera.



Todos nós viemos de Ti, e a Ti voltaremos como a água fluindo para



o oceano . Retornaremos como chamas subindo aos céus.



Une-te a nós, Senhora. Bênçãos.” (CANTRELL,2002:83 )







BIBLIOGRAFIA



BAKTHIN, Mikhail. O problema do texto. In:_____ Estética da Criação verbal . São Paulo: Martins Fontes, 1994. p. 275-326.



BARTHES, Roland. Elementos da semiologia. São Paulo:cultrix,1993.



BARTHES, Roland. O discurso da História. In: _____ O rumor da língua. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 145-157.



BENJAMIN, Walter. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In:______ Magia e técnica, arte e política. 7ed. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 197-221.



BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: T.A. Queiroz, 1979.



BHABHA, Homi K. O local da cultura: Humanitas-Editora UFMG, Belo Horizonte,1998.



CABOT, Laurie. O Poder da bruxa. 17ed .São Paulo: Madras, 2002.



CANTRELL, Gary. Wicca: crenças e práticas. São Paulo: Madras, 2002.



DEBRAY, Vida e morte da imagem. Tradução Guilherme Teixeira. Petrópolis: Vozes, 1993.



FRAMER, Heinrich; SPRENGER, James. O martelo das feiticeiras. 16ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos,2002.



GARDNER, Gerald. A bruxaria hoje. São Paulo: Madras,2002.



MURRAY, Margareth. O culto das bruxas na Europa Ocidental. São Paulo Madras, 2003.



SABRINA, Lady. O grande livro da magia da bruxa. São Paulo: Madras, 2002.



SHAKESPEARE,, William. Macbeth.. Singapore: longman,1983.



POLLAK, Michael . Memória, esquecimento, silêncio . Estudos Históricos. Rio de Janeiro. V.2,n 3 1989, p.3-15.





Uso de fumo e álcool em desenhos animados

February 4, 2008 - Posted by Phoenix- 0 Comments





Uso de Fumo e Álcool em filmes infantis





Artigo original por Eric Chudler, PhD (site Neuroscience for Kids), tradução por Fernando Lage Bastos (NeuroKidsBr)



Artigo original 22-Jun-2001 - tradução: 11-Ago-2001





O que faz alguém tomar bebidas alcóolicas ou fumar? Por que algumas pessoas ficam viciadas em drogas? O uso de drogas é aprendido? Revistas, TV, filmes influem no modo como as pessoas usam drogas? Estas são algumas das perguntas polêmicas sobre o uso de drogas e que estão ainda sem uma resposta definitiva. Porém, é bastante claro que o uso de drogas pode ser visto frequentemente em filmes e na televisão. Por exemplo: um estudo mostrou que entre os 200 filmes mais retirados nas locadoras entre 1996 e 1997, 93% mostravam pessoas utilizando bebidas alcóolicas e 89% mostravam pessoas fumando.



Um outro estudo dos filmes de maior bilheteria entre 1988 e 1997, mostrou que 76,4% destes filmes tinham pessoas fumando. Muitos dos filmes incluídos nestes estudos são direcionados ao público jovem ou adulto e teoricamente não fazem parte do repertório visto por crianças.



Um novo estudo publicado na revista Pediatrics (Junho de 2001), investigou a frequência que o uso de álcool e fumo aparecia em desenhos animados direcionados para o público infantil.



No estudo, pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (EUA), assistiram à 81 fitas de vídeo infantis. Todos os desenhos animados exibidos nos cinemas entre 1937 e 2000 foram estudados. Para cada um dos filmes, os pesquisadores anotaram o número de vezes que álcool ou fumo eram utilizados, o tempo que a droga aparecia na tela, e qual personagem fazia uso da droga.



Os Filmes:







Os 5 desenhos animados com o maior uso de álcool:





1.A Bela Adormecida - 174 segundos

2.Dumbo - 133 segundos

3.Fantasia - 128 segundos

4.O Grande Ratinho Detetive - 118 segundos

5.A Bela e a Fera - 86 segundos

The five movies with the most on-screen use of fumo:





1.Os 3 cavaleiros - 629 segundos

2.O pequeno Nemo - 416 segundos

3.101 Dálmatas - 387 segundos

4.Felizes para Sempre - 374 segundos

5.Alice no País das Maravilhas - 323 segundos







A tabela abaixo faz um resumo dos achados:



Dados: Álcool Fumo

Número de filmes 38 de 81 filme 35 de 81 filme

% de filmes 47% 43%

Duração do uso (média) 42 segundos/filme 2.1 minutos/filme

Duração do uso (mínimo e máximo) 2 segundos até 2.9 minutos 2 segundos até 10.5 minutos





Naqueles filmes mostrando o uso de álcool, vinho foi a bebida mais utilizada, seguido por cerveja, champanhe, licor e outros driques. Os “heróis” utilizam-se tanto de bebidas alcólicas como os “vilões”. Naqueles filmes onde o uso de fumo eram feito, o uso de charuto era mais frequente, seguido pelo uso de cachimbos e cigarros. Mais uma vez, os “heróis” fumavam na mesma proporção que os “vilões”.



Em 40% dos desenhos com o uso de álcool, os efeitos físicos do consumo de álcool eram mostrados. Por exemplo, alguns personagens ficavam cambeleantes, tinham soluços, ou ficavam com a cara vermelha. Nenhum dos desenhos tinham avisos sobre as consequências prejudiciais do uso de álcool. Nos desenhos que mostravam o uso de fumo, 37% mostravam as consequências físicas do seu uso, incluindo tosse ou fazendo os personagens ficarem verdes. Somente em 3 desenhos há a presença de personagens que pediam para outros pararem de fumar.



Os pesquisadores também descobriram que os desenhos animados mais recentes mostram menos álcool e fumo que os mais antigos. Apesar disto ser uma boa notícia, quase nenhum dos desenhos mostravam que o uso de álcool e fumo poderia ter um efeito negativo na saúde dos personagens. Apesar de não estar claro se os filmes e a TV influenciam as crianças à utilizarem drogas, é importante que um retrato mais fiel do uso de drogas seja feito em filmes e programas. Os desenhos animados são feitos para serem engraçados, mas o uso de droga não é.







Referência.:



•Thompson, K.M. and Yokota, F., Depiction of alcohol, tobacco, and other substances in G-rated animated feature films, Pediatrics, 107:1369-1374, 2001.







Across the Universe

February 3, 2008 - Posted by Phoenix- 0 Comments

Através do universo



Palavras flutuam como uma chuva sem fim dentro de um copo de

papel

Elas se mexem selvagemente enquanto deslizam pelo universo

Um monte de mágoas, um punhado de alegrias estão passando por

minha mente

Me possuindo e acariciando



Glória ao mestre



Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo



Imagens de luzes quebradas que dançam na minha frente como

milhões de olhos

Eles me chamam para ir pelo universo

Pensamentos se movem como um vento incansavel dentro de uma

caixa de correio

Elas tropeçam cegamente enquanto fazem seu caminho pelo universo



Glória ao mestre



Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo



Sons de risos, sombras de amor estão tocando meus ouvidos

abertos

Me excitando e convidando

Um amor incondicional sem limites que brilha em minha volta como

milhões de sóis

E me chamam para ir pelo universo



Glória ao mestre



Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo



Glória ao mestre

Glória ao mestre

Glória ao mestre

Glória ao mestre

Glória ao mestre

Glória ao mestre



♥!♥♥!♥♥♥!!♥







•Beatles

Música: Across the universe

Álbum: Beatles





Words are flowing out like endless rain into a paper cup,

They slither wildly as they slip away across the universe.

Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my openedmind,

Possessing and caressing me.



Jai guru deva. Om.

(guru)(deva)



Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.

Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.



Images of broken light which dance before me like a millioneyes,

They call me on and on across the universe.

Thoughts meander like a restless wind inside a letter box,

They tumble blindly as they make their way across the universe



Jai guru deva. Om.

(guru)(deva)



Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.

Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.



Sounds of laughter, shades of love are ringing through my openedears

Inciting and inviting me.

Limitless undying love, which shines around me like a millionsuns,

And calls me on and on across the universe



Jai guru deva. Om.

(guru)(deva)



Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.

Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.



Jai guru deva.

Jai guru deva.

Jai guru deva.

Jai guru deva.

Jai guru deva.

Jai guru deva.



os enxergar, mas aquele comportamento inadequado das crianças não pode sempre ser atribuídos a traços de personalidade ou temperamentos. Fique esperto: educar dá trabalho e exige atenção. E esse trabalho é seu, não adianta…



por IRACY PAULINA, MÃE DE JOÃO







Criança que não gosta de dar beijo? “Ah, ela é tão tímida”, apressa-se em explicar a mãe. Vive metendo a colher em conversa de adulto? “Olha, que gracinha, como ele é inteligente!”, orgulha-se o pai. Diz tudo o que pensa e mais um pouco? “Ela é tão espontânea”, tenta consertar a mãe. Percebeu? Quando se trata de nossos filhos, temos uma incrível tendência de confundir falta de educação com temperamento. Ele faz isso porque é assim ou assado, justificamos, quando, na verdade, a situação está pedindo mesmo é que entremos em campo o quanto antes para dar limite e modos ao mocinho ou mocinha. E essa confusão é mais comum do que você imagina e acontece em situações que a maioria de nós considera absolutamente normais. Duvida? Pois mostramos a seguir uma lista de comportamentos mal-educados que muitos pais deixam barato por acreditar que se devem ao jeito de ser do filho.



Não dar beijo

Desculpa: Ela é muito tímida.

Pode até ser. Mas numa família em que o beijo faz parte do ritual de demonstração de afeto, a criança naturalmente o incorpora. “Ela aprende a ser afetiva com pais afetivos”, observa a psicopedagoga Neide Noffs, professora da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP). Ah, mas todos em sua casa são de beijar muito e mesmo assim ela não quer entrar na onda? Algumas crianças, segundo Neide, costumam se mostrar arredia a beijos, especialmente se eles partem de quem ela não conhece. São casos para se abordar com jeitinho. Não adianta ralhar: “Deixa de ser mal educado, menino!” Vale mais conquistá-la com frases do tipo: “Me dá um beijinho, gosto tanto de você”.

Marília cresceu numa família de sete irmãos. Nunca duvidou do amor dos pais, embora eles fossem bastante econômicos em demonstração de afeto por meio de afagos e beijos. Sem esse aprendizado, confessa que carregou pela vida afora uma certa dificuldade de abraçar, beijar e ser mais afetiva com as pessoas. E não foram poucos os que a consideravam antipática por causa disso, o que restringiu bastante seu círculo de amigos. Com seu filho, Joel, 5 anos, já foi o contrário. Marília o cobriu de beijos e afagos desde o primeiro minuto que a enfermeira o trouxe e colocou em seus braços, ainda no centro obstétrico. É um menino doce e adorável, que não perde uma chance de beijar e abraçar as pessoas de nosso convívio e os coleguinhas na escola.



Não dividir brinquedo ou doce com outra criança

Desculpa: Ele é zeloso com suas coisas (ou secretamente teme: será que meu estou criando um pequeno egoísta?)

Ele não que dar porque ainda é novinho, não sabe o que é dividir, dizem os pais. Vivían de Andrade Niklos, coordenadora pedagógica do Colégio Alvorecer, concorda: “Até os quatro anos a criança pensa da seguinte maneira: o que é meu, é meu; e o que é dele é nosso”, explica. Não é desculpa para deixar por isso mesmo quando o pequeno se recusa a partilhar. “Esse é um conceito que devemos ajudar a criança a construir desde cedo para que não vire um egocênctico no futuro”, observa Vívian. Se ele se recusa a repartir um doce, você tem todo o dever de entrar em campo, assegura a psicopedagoga Neide, e fazer a divisão pelo filho e aquentar firme o chororo. Normalmente, quando a mãe faz isso, a criança embirra e não quer a metade que lhe coube. Aí a reação comum em muitos pais é dizer: ah, é, então eu dou tudo para o fulano. “Assim ele entra na birra da criança e a ação educativa vai para o espaço. Se a criança não quer naquela hora, o melhor a fazer é dizer: ‘então, vai ficar aqui guardado para quando você quiser, pois esse pedaço é só seu.’ Assim ela entende o sentido de dividir: aquele pedaço é dela, não o doce todo”, explica Neide.

E quando a criança recebe um amiguinho em casa e fica regulando os brinquedos? Em primeiro lugar, antes da visita chegar, os pais devem conversar com o filho: ele não é obrigado a dividir com o coleguinha os brinquedos que ele mais gosta. Mas se não quiser fazer isso, deve guardá-los e deixar a mostra só aqueles que poderão ser socializados. “A criança também tem direito de ter o espaço dela, de ter coisas que ela não gosta de dividir. E isso precisa ser respeitado. Se não a gente acaba criando uma pessoa muito submissa”.



Deixar brinquedos espalhados pela casa toda

Desculpa: Puxou ao pai no jeito desorganizado.

Nada disso. A pedagoga Vívian garante que nenhuma criança nasce bagunceira. Ela se torna bagunceira quando encontra as condições ideais para isso: se há adultos que dão o exemplo dentro de casa ou se não conta com medidas educativas que a ensinem a ser organizada. “Na escola, desde o começo trabalhamos com rotinas bem definidas. Antes de passar para outra atividade, os alunos guardam todos os materiais que usaram na anterior. Com isso vão construindo a noção de organização”, explica Vívian, que aconselha os pais a seguirem a mesma política em casa. Se cansou de brincar com um brinquedo? Então vamos guardá-lo e pegar outro. Mas para que a tática dê resultados, é preciso montar um cantinho dos brinquedos, onde eles fiquem arrumados em uma caixa ao alcance do pequeno.



Falar alto, cantar, dar show interrompendo os adultos a qualquer hora

Desculpa: Meu filho é muito extrovertido

Criança adora uma atenção e faz tudo para que os adultos fiquem ligados nela. Precisa aprender, porém, que tem hora para tudo. E que as outras pessoas também tem seus afazeres, suas responsabilidades, suas ocupações. Ninguém é platéia para ela o tempo todo. Ela também precisa ter um tempo consigo mesma, com seus brinquedos, com seus amigos imaginários. Ensinamos isso a nossos filhos com atitudes. Você está conversando com uma visita e ela monta um showzinho no meio da sala? “Parem a conversa um instante para dar um pouquinho de atenção à garota, em seguida, a mãe pode dizer: ‘filha, estou resolvendo um assunto de adultos com a fulana, vá brincar em seu quarto, por favor’”, afirma Neide. O importante é dar uma alternativa à criança. Não deixá-la sem fazer nada. Um intercâmbio com a escola também pode ajudar. Lá ela aprende que tem hora para cada atividade e também que cada aluno tem a sua vez de falar ou de ser o centro das atenções. Assim também pode funcionar em casa.



Comer pouco, não comer, comer só o que quer

Desculpa: Tão pequeno e já é cheio de vontade, por isso não há mesmo jeito de fazer ele comer o que não gosta

Tudo bem. Nem todo mundo gosta de banana ou é obrigado a achar espinafre um manjar dos deuses. Mas tem criança que nem comeu e já diz que não gosta. E casos como o da Nicole, então? Patrícia, sua mãe, não sabe como explicar: “Na escolinha ela simplesmente come de tudo, verduras, legumes, frutas… Em casa, não quer saber de nada disso. É um baile fazer com que ela engula alguma coisa”, suspira.

O problema é que demonstramos uma angustia enorme diante de um filho que se recusa a comer – e ele, que não é nada bobo, nota logo que pegou em seu ponto frágil. Descobre que esvaziar ou não o prato pode ser uma boa arma de barganha. E também uma forma de ir batalhando sua autonomia, mostrando que é diferente dos pais – eles querem que eu coma cenoura, mas eu prefiro cachorro quente! Na escola ele come de tudo porque está entre iguais, vai na onda dos coleguinhas.

O segredo para lidar com os maus hábitos de uma criança com comida é não fazer disso um cavalo de batalha. Foi o que per-cebeu a psicopedagoga Maria Irene Maluf, mãe de Maria Paula e Maria Fernanda, percebeu isso na própria pele. “Quando era pequena, uma de minhas meninas não comia nada. Eu ficava desesperada até que um dia o pediatra dela me disse: ‘olha, nunca vi uma criança que morasse em casa que tem comida morrer de fome’. Ouvindo aquilo, caiu a ficha na hora: ela não queria almoçar, tudo bem, eu tirava o prato. Mas sempre deixava uma bolacha, um ovo cozido ou outra coisa na cozinha, ao alcance dela. Mas só coisa saudável, nada chocolate ou outra guloseima. Assim, quando tinha fome ela ia lá e comia. Aos poucos, ao per-ceber que eu não estavam me importando mais, ela começou a comer normalmente como todos da casa”, diz Irene.



Jogar papel no chão

Desculpa: Coitadinho, ele não faz por mal, é só distraído.

Fazendo vistas grossas para “distrações” ajudamos a degradar um pouquinho mais o nosso planeta - afinal não estamos contribuindo em nada para for-mar um ser consciente da necessidade de preservá-lo. E esteja certa, eles aprendem isso partir de pequenos gestos como o de colocar o papel da bala no local adequado: o cesto de lixo.

Dia desses Vivian presenciou uma cena muito bacana no Alvorecer, onde os alunos de educação infantil, desde o início, aprendem sobre coleta seletiva de lixo. “Um dos alunos do ensino fundamental jogou um papel de doce no chão e um dos pequenininhos que viu a cena correu atrás dele, puxou suas calças e falou: “ei, você não viu que ali tem saco de lixo?”, conta ela.

Ajuda bastante quando os pais também criam essa cultura em casa. “Em minha casa sempre mantive pequenos lixos em cada cômodo, até no quarto das crianças. Se não tem um recipiente próprio à vista, não adianta nada viver dizendo para a criança pequena “joga o lixo no cesto, menino!”. Outra medida educativa certeira é ajudar a criança a refazer a cena do modo mais adequado. Ela jogou um papelzinho de bala no chão? Pegue-a pela mão, volte ao local e diga: “Filho, vamos jogar o papelzinho no lixo?” Ela recolhe, você aponta o lugar certo para jogar e pronto: meio caminho andado para reforçar um bom hábito! Lição inversa dão aqueles pais que vira e mexe jogam pequenos lixinhos pela janela do carro. Se não há um saquinho dentro do veículo próprio para descartar pequenas coisas, deixei num cantinho da bolsa e jogue no lixo de casa.



Não ter hora para dormir

Desculpa: Ela é muito elétrica, tem um horário biológico diferente do nosso.

Deu 8 horas da noite, o filho mais velho de Simone, Vicente, 5 anos, “apaga”. Já a caçula, Cecília, 3, vai até 1 da manhã com a corda toda, se ela deixar. “Já fiz de tudo para tentar acomodar o horário de sono dela”, conta Simone. Chacoalhar ainda funciona um pouco, só haja braço para agüentar o peso da menina. Contar história não adianta, ela fica ainda mais elétrica. O mesmo acontece se colocar um DVD. Simone tam-bém já tentou a tática de dar banho tarde da noite, com sabonete de camomila, sem sucesso. Agora o que tem feito é obrigá-la a deitar às 23 horas. “Na maioria das vezes, ela chora por uns três minutos e acaba pegando no sono”, diz.

O sono é comandado pelo relógio biológico, cujos ponteiros podem variar de pessoa para pessoa. Mas ajuda bastante criar uma rotina, explica Irene Maluf. “Os pais devem habituar a criança a dormir sempre no meso horário e criar sinaliza-ções para que elas saibam quando a hora de ir para a cama está se aproximando”, diz Irene. Coisas bem fáceis de identificar. Um exemplo? O sinal pode ser o final do desenho que passa às 7 horas da noite e seu filho não perde por nada. Terminou? Então, já para a cama!



Dizer tudo o que pensa

Desculpa: Olha que gracinha, como ele é espontâneo.

Não é tão gracinha quando uma pessoa obesa para pela rua e ele solta um “que gooorda!”. Ou um “você é muito chato” para aquele parente de cerimônia. Criança costuma falar mesmo tudo o que pensa porque ainda não tem censura. Ainda não aprendeu que tem coisas que a gente diz em publico e outras que guardamos para momentos mais reservados. Por isso, uma das responsabilidades dos pais é mostrar a seus filhos que existem regras de convivência, e que nem sempre dizer tudo o que pensa combina com elas. “Não adianta ralhar com a criança em público, na hora em que ela solta a indiscrição. Ela vai se sentir o centro das atenções. Como criança adora isso, acaba repetindo o comporta-mento”, diz Neide Noffs.

Mas não deixe barato, em outro momento volte a falar da cena e diga porque agir daquela forma não é adequado. Que as pessoas podem reclamar, achar ela chato. E que se insistir em agir assim ela pode acabar perdendo amigos, ninguém gosta de uma pessoa inconveniente por perto.







Revista Pais e Filhos - Jun. 2006



































Uma sincera expressão do sentimento para com Deus

February 4, 2008 - Posted by Phoenix- 0 Comments

BRUXARIA:

UMA SINCERA EXPRESSÃO DO SENTIMENTO PARA COM DEUS



Maria Judith Machado de Carvalho (UNINCOR)



Geysa Silva (unincor)







“Por mais monológico que seja um enunciado, por mais que se concentre no seu objeto, ele não pode deixar de ser também, em certo grau, uma resposta ao que já foi dito sobre o mesmo objeto, sobre o mesmo problema, ainda que esse caráter de resposta não receba uma expressão externa bem perceptível”.(BAKHTIN, 1994: 317 )







Desde os primórdios da vida humana, mulheres e homens maravilhados pelos inúmeros mistérios da natureza renderam-lhes culto. Desta necessidade de cultuar originou o entendimento e do entendimento resultou o significado. Porém, estas três unidades de expressão não conseguiram substituir os mistérios da vida, pois estes nunca desaparecem. Assim, os antigos mistérios, ou seja, os mistérios de transformação - como as coisas se convertem em outras, como elas crescem, morrem e renascem - estão no cerne de muitos discursos religiosos, vulgarmente chamados de bruxaria.



Entendendo tais discursos como o lugar de encontro do lingüístico com o ideológico, pode-se afirmar que a bruxaria está presente no ocidente desde o período paleolítico, mantendo-se viva e atuante mesmo paralela ao paganismo greco - romano e ao cristianismo, até os dias atuais, já que, segundo Bakhtin (1994 : 343), não há nada morto de maneira absoluta e todo sentido sempre festeja algum dia o seu renascimento.



Logo, a bruxaria é primeiro e antes de tudo uma aceitação da divindade personificada no que chamamos de natureza, com discursos específicos de acordo com as circunstâncias e as vivências das pessoas envolvidas. Também é sabido que uma espécie de poder capaz de transformar a vida das pessoas através da cura, da leitura de astros, do fornecimento de alimentos e outros sempre foi acessível a algumas mulheres e homens de toda cultura. E este saber próprio transmitido oralmente de geração em geração ultrapassou fronteiras, através das pessoas que viam e iam, ajudando na formação de vastas confrarias as quais intercambiavam discursos sobre os segredos da cura do corpo e muitas vezes da alma. Tal fato reflete o princípio dialógico decorrente da exotopia de Bakhtin ( 1994:343 ): “não há uma palavra que seja a primeira ou a última, e não há limites para o contexto dialógico, este se perde num passado ilimitado e num futuro ilimitado…”



Desta maneira , estando a palavra inexoravelmente contaminada do olhar de fora , conclui-se que os discursos da bruxaria são narrativas tecidas através das experiências alheias, aquelas ditas como exemplares, nas quais, de acordo com Walter Benjamim(1994 :.200 ) , o caráter utilitário, ou melhor, o aconselhamento, como também a idéia de harmonia com a natureza podem ser encontrados:



“Não chore por mim quando eu morrer, pois ainda estou aqui.



Estarei no verde das árvores da floresta,



Estarei nas flores dos campos,



Estarei no borrifar das águas da praia,



Estarei no suspiro do vento de um dia quente de verão,



Estarei nas águas encapeladas dos riachos,



Estarei na luz do Sol e da Lua Cheia.



Estarei com o Deus e a Deusa para sempre.



E renascerei.” ( CANTRELL, 2002: 35 )

Com este olhar , é merecido afirmar que os discursos da bruxaria,embora ridicularizados e deliberadamente associados ao mal pelas religiões institucionalizadas e pelas comunidades científicas ao longo da história de suas enunciações, nada têm de parecido com lançar feitiços ou práticas maldosas, são puras manifestações de amor ao Criador e de esperança na continuação de Sua bondade. A forma nada ortodoxa que buscam sua verdade é que diferem dos demais discursos , pois envolve elementos como a magia, que é parte da sabedoria universal, embora a maioria das pessoas sejam resistentes em aceitá-la, já que foram condicionadas desde a infância a ter uma visão de mundo racional, onde os simbolismos da magia não fazem o menor sentido, porque não dizem diretamente aquilo que querem dizer, fazendo necessárias a leitura e interpretação desses simbolismos para o seu entendimento. E segundo Debray ( 1993:58 ), comunicar através de signos é excluir tacitamente da comunicação viva o grupo vizinho , para quem esses signos são letras mortas ou jogo gratuito de imagens.



Assim, quando houve uma maior profundidade da cristandade, as leis eclesiásticas contra a prática de determinados cultos e, conseqüentemente ,de seus discursos tornaram-se mais rígidas, reprimindo duramente todo um saber que caiu na clandestinidade. Porém estas vozes silenciadas se opuseram àquelas opressoras, acentuando o seu caráter destruidor e uniformizador. E foi em silêncio que estas vozes sufocadas prosseguiram com o seu trabalho de subversão, conseguindo chegar ainda hoje aos nossos ouvidos através de redes de sociabilidade afetiva. São os legítimos discursos performativos alterando o pedagógico:



Mantenha um livro em suas própria mão de escrever. Deixe que irmãos e irmãs copiem o que quiserem, mas nunca deixe esse livro fora de suas mãos e nunca guarde os escritos de outro, pois se for encontrado com sua letra você será apanhada e torturada. Cada um deve zelar por seus próprios escritos e destruí-los quando o perigo ameaçar. Aprenda tanto quanto puder de cor e quando o perigo passar reescreva seu livro.O mesmo faça com as ferramentas. Que elas sejam como coisas comuns que qualquer um tenha em casa. Que os pentáculos sejam de cera para que possam ser derretidos ou quebrados rapidamente. Não possua nomes ou signos sobre nada, escreva os nomes e signos com tinta antes de consagrá-los e lave-os imediatamente depois. (GARDNER, 2003:52)



Também uma memória hábito aqui é constatada -“um exercício que, retomado até a fixação, transforma-se em um hábito, em serviço para a vida cotidiana” (BOSI,1979:.11 ) - já que as chamadas bruxas ainda hoje , apesar da perseguição ter esmorecido, continuam repetindo os mesmos discursos de proibições e se mantendo escondidas como nos anos de martírio. Isto parece revelar que as lembranças da tortura de tão compartilhadas passaram, de certo modo, a ter um respaldo maior de credibilidade como se o fato de ter havido mais testemunhas as tornassem mais concretas e reais.



Os discursos da bruxaria sempre partiram do princípio que todas as coisas são partes da Grande Mãe, incluindo o poder de destruir, o mistério da morte e a escuridão da noite, que são ingredientes necessários na Grande Roda da Vida Criada. Mas, entre 2500 e 1500 antes da era cristã, já se percebe uma mudança nos discursos das mitologias e literatura sacra: a vida passou a ser vista principalmente como uma luta entre as forças do bem e do mal e a vida na terra tornou-se menos importante do que a vida por vir. O mundanismo foi rejeitado como conceito religioso, levando muitos dos velhos discursos a serem refeitos para refletir essa transformação de consciência. Por sua vez, com o advento do cristianismo, as “boas novas” que ele pregava e os discursos da bruxaria coexistiram, pois o cristianismo não se tornou a fé dominante de um dia para outro. Porém, à medida que a Igreja cresceu em estridência na sua doutrinação, aqueles discursos que diferiam dos seus foram distorcidos e as imagens arquétipicas de suas divindades desfiguradas, sobretudo o Deus Cornífero, que por ter chifres foi chamado de Satã, Lúcifer, Belzebu, representando o legítimo demônio das Sagradas Escrituras. Foram discursos feitos como forma de propaganda para desencorajar e assustar as pessoas que tivessem relação com aquela que a igreja considerava rival. Desta maneira, a prática da bruxaria foi associada ao mal para justificar o sistemático extermínio de seus praticantes, nas chamejantes fogueiras da Inquisição, como também a destruição de seus lugares e santuários sagrados, pois a Igreja tinha como meta resguardar o seu domínio.



Conclui-se, então, que a partir da caça às bruxas, seus discursos passaram a ser proferidos numa dimensão oculta da sociedade, verificando uma construção social da memória feita por aquelas agora tidas como bruxas, como também pelo Estado em relação a elas , uma vez que a partir do momento que as bruxas passaram a trabalhar às escondidas e o Estado a persegui-las, houve uma tendência de ambas as partes de criar esquemas coerentes de narração e de interpretação dos fatos, que são verdadeiros “universos de significado” e dão uma versão própria dos acontecimentos. Como Bosi afirma (1979:.27 ), “este é o momento áureo da ideologia com todos seus estereótipos.” Vários discursos de adoração , segredos do conhecimento das ervas e o grande segredo da magia foram tratados de forma que se tornaram quase uma sociedade familiar secreta. Enquanto que,por outro lado, a imagem de hereges e adoradoras do demônio era tecida. Obviamente que venceram os discursos pronunciados pelos opressores; foi uma luta do coletivo contra uma minoria, cuja fraqueza e falta de possibilidade de se defender fortaleceu o ponto de vista opressor, melhor dizendo, foi uma compreensão passiva que excluiu totalmente a possibilidade de alguma resposta:



As bruxas desencadeiam tempestades danosas com raios e trovões; causam a esterilidade de homens e de animais; fazem oferenda de crianças aos demônios, as quais acabam matando e devorando. (FRAMER & SPRENGER, 2002: 214 )



Embora proferidos às margens, os discursos da bruxaria continuaram a relatar fatos e em alguns deles é possível observar aquilo já mencionado por Barthes(1988:.146 ): há diferença entre o fato ocorrido e o seu relato, assim como existe um descompasso entre o tempo do fato e seu enunciado:



Eu me lembro, ó fogo,



Como tuas chamas uma vez inflamaram minha carne,



entre bruxas retorcidas por tuas chamas,



agora torturadas por ter contemplado o que é secreto.



Mas para aqueles que viram o que vimos



sim, o fogo nada era.



Ah, bem me lembro dos edifícios iluminados



com a luz que nossos corpos emitiram.



E sorrimos ao contemplar o vento das chamas por trás de nós,



O fiel entre os infiéis e cegos .



Ao salmodiar das orações



No frenesi das chamas



Cantamos hosanas a vós, nossos Deuses,



Em meio ao fogo doador de força,



Dedicamos nosso amor a Vós da Pira. ( GARDNER,2003:119 )



Nota-se que a experiência vivida acima é refeita de modo que a cena tão comovente perdeu muito de seu poder sugestivo, despojando-se, portanto, do prestígio que a circundava: a morte nas fogueiras passou a ser coadjuvante, enquanto que a fé das bruxas passou a protagonista. É como se a cena fosse iluminada de outra forma, sendo reconhecida, embora não podendo dizer que ela tenha permanecido o que era antes. Seria dizer que ao relatar um fato, uma nova leitura é feita, pois segundo Bosi (1979:.21), a experiência da releitura é apenas um exemplo, entre muitos, da dificuldade, senão da impossibilidade , de reviver o passado tal e qual.” Aqui o passado foi trabalhado qualitativamente, ou seja, as lembranças emitidas pelo discurso conservaram o passado do indivíduo na forma que lhe foi mais apropriada, ou seja,aquilo que foi desagradável foi alterado, assim como aquilo que era trivial foi elevado à hierarquia do insólito e no fim formou-se um quadro total, novo, sem desejo consciente de falsificá-lo.



É digno também de menção os muitos discursos bem elaborados das bruxas nos quais as crendices populares sobre o demônio eram exploradas, conseguindo, assim, salvar muitas vezes suas vidas:



…ela relatou que o demônio havia aparecido para ela na noite anterior , vestindo roupas pretas e segurando uma varinha em sua mão; acrescentou que o demônio exigiu que ela continuasse seu trabalho de fé, de acordo com seu primeiro juramento e promessas realizados.Ela renunciou completamente a aparição e lhe disse: “Vá embora Satã. Eu ouvi muito o que você disse, mas agora quero que você desapareça.” O demônio respondeu que uma vez feito o juramento, ou ela morria ou se entregava. Após dizer isto, o demônio quebrou sua varinha branca e desapareceu. (MURRAY, 2003:57 )



Chegando ao século XVI, verifica-se que os assuntos relacionados com a bruxaria é ainda de interesse das pessoas, visto que elas, embora rejeitassem o questionamento de caráter religioso, eram tão devotamente religiosas quanto os seus antepassados medievais e ainda supersticiosas o bastante para acreditar em bruxas. E Shakespeare,com sua genial perspicácia, soube como ninguém explorar tal imaginário de temor e perseguição com seu discurso teatral em “Macbeth”. Tal discurso intensificou toda uma imagem negativa em relação às bruxas., pois os discursos que Shakespeare colocou na boca das bruxas foram enigmáticos, dificultando a decodificação de suas mensagens e forjando a ambigüidade das palavras, como também das interpretações ,enchendo, assim, a atmosfera de uma influência maligna, o que leva a crer que as bruxas são mais poderosas e macabras do que se possa supor e que sempre prejudicam as pessoas através do uso de forças mágicas: “Fair is foul, and foul is fair… ” (SHAKESPEARE,1983:1)



Atualmente com a eclosão das ciências femininas, como a ecologia, surge em todo mundo um interesse pelo culto da natureza e, conseqüentemente, pelos discursos pagãos,ou seja, aqueles usados hoje em dia para descrever qualquer prática espiritual anterior ao período em que a cultura e as religiões dos povos invasores foram impostas às comunidades tribais, vulgarmente chamados de bruxaria. Estes diversos discursos (Celta, Druidismo, Xamanismo, Wicca…) são centrados na terra, seguindo um calendário baseado nas quatro estações , além do uso de antigas práticas espirituais do mundo todo, assim como eram antes de ser subjugadas - reverência da vida através de festivais, cerimônias e atividades que refletem às necessidades do momento . Eles também se apóiam em informações mais recentes, relativas a tradições centradas na natureza e que resultaram de várias vozes ecológicas e ambientais cada vez mais amplas nos últimos cinqüenta anos. Pode-se dizer, então, que são variantes do paganismo, isto é, idioletos que, segundo Jakobson(BARTHES,1993:24), são linguagens de certas comunidade lingüísticas , ou de um grupo de pessoas que interpretam da mesma maneira todos os enunciados lingüísticos:



Viver a Rede Wicca você precisa,



Em perfeito amor e perfeita confiança.



Viva e deixe viver,



Tome com justiça e dê com justiça.



Olhe com suavidade e toque com suavidade,



Fale pouco e ouça muito.



Dê ouvidos às flores, arbustos e árvores,



E pela Senhora será abençoado.



Quando tiver uma necessidade,



Não dê ouvidos à ganância dos outros.



Não passe tempo com um tolo



Nem se considere amigo dele.



Felizes encontros e felizes partidas,



Ilumine o rosto e aqueça o coração



E seja para sempre fiel no amor ,



A menos que seu amado lhe seja infiel.



Lance o círculo três vezes



Para manter todos os espíritos fora.



Para que o encantamento seja sempre válido,



Diga-o em versos.



Sentido horário na lua crescente,



Entoando a runa Wicca.



Sentido anti-horário na lua minguante,



Entoando a runa maléfica.



Quando a lua da Senhora for nova,



Beije a mão para Ela três vezes.



Quando a lua estiver no seu pico,



Busque o desejo de seu coração.



Nas direções das águas ondulantes,



Jogue uma pedra para saber a verdade.



Quando estiver muito infeliz,



Use a estrela azul na testa.



Oito palavras cumprem a Rede Wicca:



Se não prejudicar ninguém, faça o que desejar! (CANTRELL, 2001: 191)



Se de fato a bruxaria é uma religião paleolítica ou uma releitura dos cultos arcaicos, a verdade é que ela vem desempenhando um importante papel no resgate de valores em desusos , tais como: o prazer, a solidariedade, a não-competição e a união com a natureza. E os sentimentos que unem seus praticantes são os mesmos de querer estar mais próximo Daquele que nos criou e de mostrar a profunda gratidão que eles,adoradores, não conseguem expressar com palavras. E através dos símbolos e das metáforas - tambores, pedras, penas, conchas, varas de condão, taças, caldeirões e vestimentas feitas de plantas e animais -, seus discursos revelam os padrões de conhecimento que estão subentendidos no universo físico, assim como nossos ancestrais entendiam a natureza , buscando orientação ou cura em suas criaturas, ervas, flores e árvores e compreendendo a vida por meio de visões, viagens astrais e sonhos:



Que agora os poderes da vida e da luz



abençoem-me e protejam-me nesta noite.



Forças do bem, da vida e da luz,



Desçam à minha varinha esta noite,



Pois esta é uma ferramenta de minha arte sagrada.



Por isso, seus poderes eu peço agora.



Com os elementos terra ,ar,fogo e mar,



Eu agora te batizo, abençôo e consagro!



Que a minha vontade seja feita, assim seja! ( SABRINA,2002: 174 )

Vê-se que os seres humanos reverenciavam a vida de formas muito mais simples, não precisando nada além da natureza para preservar a saúde espiritual, de suas tribos. Porém, com o surgimento da religião organizada, mecanismos de controle que baniam as práticas pagãs foram postas em ação Igrejas e outras construções de cunho religioso foram erigidas em locais sagrados pagãos, muitas datas pagãs foram incluídas em seu calendário, e as práticas xamânicas foram consideradas obra do demônio, relacionando o conceito de medo ao de espiritualidade. Deste então, começamos a aprender a nos relacionar com o Divino por intermédio da Igreja.



Muitas guerras foram travadas em nome da religião. Inúmeras pessoas sofreram ao longo de eras em resultado disso. Forças poderosas ainda lutam pela supremacia sobre terras , povos e mercadorias, exercendo o mesmo controle posto em vigor há tanto tempo atrás. A total desinformação com respeito ao verdadeiro significado das práticas pagãs gerou a grande confusão e ignorância que existe hoje com relação à bruxaria. Esta foi um dia uma parte essencial da vida em comunidade, cuja própria vitalidade levou-a a sofrer a exploração e repressão de que foi vítima.



Hoje, falando a uma só voz no mundo todo, devido ao aumento de publicações, revistas e de grupos praticantes, a verdade da bruxaria, como um discurso poderoso, mas pacífico e amoroso, está aos poucos desfazendo muitos equívocos cristãos. No momento, a bruxaria é vista como uma religião em rápida expansão e mais do que nunca, temos de ficar cientes de que é preciso sempre respeitar a decisão de outra pessoa de se dedicar a práticas que estejam de acordo com suas crenças e ideais , desde que não prejudiquem ninguém.



Que este seja um tempo em que os discursos das religiões do mundo todo tolerem e respeitem as crenças alheias, construindo assim uma ponte para uma paz duradoura.



Assim seja!



Nós Te contemplamos, Mãe, nossa Mãe-Terra, que nos



ensinas que sem primavera não pode existir verão, sem verão não pode



existir inverno, e sem inverno não pode existir primavera.



Todos nós viemos de Ti, e a Ti voltaremos como a água fluindo para



o oceano . Retornaremos como chamas subindo aos céus.



Une-te a nós, Senhora. Bênçãos.” (CANTRELL,2002:83 )







BIBLIOGRAFIA



BAKTHIN, Mikhail. O problema do texto. In:_____ Estética da Criação verbal . São Paulo: Martins Fontes, 1994. p. 275-326.



BARTHES, Roland. Elementos da semiologia. São Paulo:cultrix,1993.



BARTHES, Roland. O discurso da História. In: _____ O rumor da língua. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 145-157.



BENJAMIN, Walter. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In:______ Magia e técnica, arte e política. 7ed. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 197-221.



BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: T.A. Queiroz, 1979.



BHABHA, Homi K. O local da cultura: Humanitas-Editora UFMG, Belo Horizonte,1998.



CABOT, Laurie. O Poder da bruxa. 17ed .São Paulo: Madras, 2002.



CANTRELL, Gary. Wicca: crenças e práticas. São Paulo: Madras, 2002.



DEBRAY, Vida e morte da imagem. Tradução Guilherme Teixeira. Petrópolis: Vozes, 1993.



FRAMER, Heinrich; SPRENGER, James. O martelo das feiticeiras. 16ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos,2002.



GARDNER, Gerald. A bruxaria hoje. São Paulo: Madras,2002.



MURRAY, Margareth. O culto das bruxas na Europa Ocidental. São Paulo Madras, 2003.



SABRINA, Lady. O grande livro da magia da bruxa. São Paulo: Madras, 2002.



SHAKESPEARE,, William. Macbeth.. Singapore: longman,1983.



POLLAK, Michael . Memória, esquecimento, silêncio . Estudos Históricos. Rio de Janeiro. V.2,n 3 1989, p.3-15.





Uso de fumo e álcool em desenhos animados

February 4, 2008 - Posted by Phoenix- 0 Comments





Uso de Fumo e Álcool em filmes infantis





Artigo original por Eric Chudler, PhD (site Neuroscience for Kids), tradução por Fernando Lage Bastos (NeuroKidsBr)



Artigo original 22-Jun-2001 - tradução: 11-Ago-2001





O que faz alguém tomar bebidas alcóolicas ou fumar? Por que algumas pessoas ficam viciadas em drogas? O uso de drogas é aprendido? Revistas, TV, filmes influem no modo como as pessoas usam drogas? Estas são algumas das perguntas polêmicas sobre o uso de drogas e que estão ainda sem uma resposta definitiva. Porém, é bastante claro que o uso de drogas pode ser visto frequentemente em filmes e na televisão. Por exemplo: um estudo mostrou que entre os 200 filmes mais retirados nas locadoras entre 1996 e 1997, 93% mostravam pessoas utilizando bebidas alcóolicas e 89% mostravam pessoas fumando.



Um outro estudo dos filmes de maior bilheteria entre 1988 e 1997, mostrou que 76,4% destes filmes tinham pessoas fumando. Muitos dos filmes incluídos nestes estudos são direcionados ao público jovem ou adulto e teoricamente não fazem parte do repertório visto por crianças.



Um novo estudo publicado na revista Pediatrics (Junho de 2001), investigou a frequência que o uso de álcool e fumo aparecia em desenhos animados direcionados para o público infantil.



No estudo, pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (EUA), assistiram à 81 fitas de vídeo infantis. Todos os desenhos animados exibidos nos cinemas entre 1937 e 2000 foram estudados. Para cada um dos filmes, os pesquisadores anotaram o número de vezes que álcool ou fumo eram utilizados, o tempo que a droga aparecia na tela, e qual personagem fazia uso da droga.



Os Filmes:







Os 5 desenhos animados com o maior uso de álcool:





1.A Bela Adormecida - 174 segundos

2.Dumbo - 133 segundos

3.Fantasia - 128 segundos

4.O Grande Ratinho Detetive - 118 segundos

5.A Bela e a Fera - 86 segundos

The five movies with the most on-screen use of fumo:





1.Os 3 cavaleiros - 629 segundos

2.O pequeno Nemo - 416 segundos

3.101 Dálmatas - 387 segundos

4.Felizes para Sempre - 374 segundos

5.Alice no País das Maravilhas - 323 segundos







A tabela abaixo faz um resumo dos achados:



Dados: Álcool Fumo

Número de filmes 38 de 81 filme 35 de 81 filme

% de filmes 47% 43%

Duração do uso (média) 42 segundos/filme 2.1 minutos/filme

Duração do uso (mínimo e máximo) 2 segundos até 2.9 minutos 2 segundos até 10.5 minutos





Naqueles filmes mostrando o uso de álcool, vinho foi a bebida mais utilizada, seguido por cerveja, champanhe, licor e outros driques. Os “heróis” utilizam-se tanto de bebidas alcólicas como os “vilões”. Naqueles filmes onde o uso de fumo eram feito, o uso de charuto era mais frequente, seguido pelo uso de cachimbos e cigarros. Mais uma vez, os “heróis” fumavam na mesma proporção que os “vilões”.



Em 40% dos desenhos com o uso de álcool, os efeitos físicos do consumo de álcool eram mostrados. Por exemplo, alguns personagens ficavam cambeleantes, tinham soluços, ou ficavam com a cara vermelha. Nenhum dos desenhos tinham avisos sobre as consequências prejudiciais do uso de álcool. Nos desenhos que mostravam o uso de fumo, 37% mostravam as consequências físicas do seu uso, incluindo tosse ou fazendo os personagens ficarem verdes. Somente em 3 desenhos há a presença de personagens que pediam para outros pararem de fumar.



Os pesquisadores também descobriram que os desenhos animados mais recentes mostram menos álcool e fumo que os mais antigos. Apesar disto ser uma boa notícia, quase nenhum dos desenhos mostravam que o uso de álcool e fumo poderia ter um efeito negativo na saúde dos personagens. Apesar de não estar claro se os filmes e a TV influenciam as crianças à utilizarem drogas, é importante que um retrato mais fiel do uso de drogas seja feito em filmes e programas. Os desenhos animados são feitos para serem engraçados, mas o uso de droga não é.







Referência.:



•Thompson, K.M. and Yokota, F., Depiction of alcohol, tobacco, and other substances in G-rated animated feature films, Pediatrics, 107:1369-1374, 2001.







Across the Universe

February 3, 2008 - Posted by Phoenix- 0 Comments

Através do universo



Palavras flutuam como uma chuva sem fim dentro de um copo de

papel

Elas se mexem selvagemente enquanto deslizam pelo universo

Um monte de mágoas, um punhado de alegrias estão passando por

minha mente

Me possuindo e acariciando



Glória ao mestre



Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo



Imagens de luzes quebradas que dançam na minha frente como

milhões de olhos

Eles me chamam para ir pelo universo

Pensamentos se movem como um vento incansavel dentro de uma

caixa de correio

Elas tropeçam cegamente enquanto fazem seu caminho pelo universo



Glória ao mestre



Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo



Sons de risos, sombras de amor estão tocando meus ouvidos

abertos

Me excitando e convidando

Um amor incondicional sem limites que brilha em minha volta como

milhões de sóis

E me chamam para ir pelo universo



Glória ao mestre



Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo

Nada vai mudar meu mundo



Glória ao mestre

Glória ao mestre

Glória ao mestre

Glória ao mestre

Glória ao mestre

Glória ao mestre



♥!♥♥!♥♥♥!!♥







•Beatles

Música: Across the universe

Álbum: Beatles





Words are flowing out like endless rain into a paper cup,

They slither wildly as they slip away across the universe.

Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my openedmind,

Possessing and caressing me.



Jai guru deva. Om.

(guru)(deva)



Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.

Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.



Images of broken light which dance before me like a millioneyes,

They call me on and on across the universe.

Thoughts meander like a restless wind inside a letter box,

They tumble blindly as they make their way across the universe



Jai guru deva. Om.

(guru)(deva)



Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.

Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.



Sounds of laughter, shades of love are ringing through my openedears

Inciting and inviting me.

Limitless undying love, which shines around me like a millionsuns,

And calls me on and on across the universe



Jai guru deva. Om.

(guru)(deva)



Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.

Nothing’s gonna change my world,

Nothing’s gonna change my world.



Jai guru deva.

Jai guru deva.

Jai guru deva.

Jai guru deva.

Jai guru deva.

Jai guru deva.